Curiosamente,
quando reparo nas sucessivas classes escolares que venho ensinando, não avisto
campeões ou craques de coisa alguma, somente um grupo de indivíduos de cunho
familiar reunido à volta de um interesse e propósito comuns, o de aprender para
valer-se a si mesmo e aos outros, aos seus cães e aos alheios, sob a tutela de
sentimentos positivos que possibilitam o melhor entendimento entre os homens e
os lobos domésticos (familiares). É possível que cada um destes binómios não
alcance nota de destaque, mas todos trabalham para o progresso colectivo,
amparando-se uns aos outros como uma verdadeira matilha que avança e não desiste,
não deixando ninguém para trás.
Este
caminhar conjunto, que não procura a exaltação individual ou a mera competição,
transforma todos os condutores e cães em agentes de ensino uns dos outros, o
que facilita o entendimento binomial, leva ao controlo dos mais fortes e ao
despertar dos mais fracos, constituindo assim uma matilha heterogénea sem os
nefastos efeitos do esperado e tão natural escalonamento social.
Com
o controlo dos mais fortes e a libertação dos mais fracos alcança-se a tão
desejada sociabilização entre iguais e com os restantes animais, habilitação
indispensável para o bom desempenho em qualquer utilidade canina. Com os
condutores irmanados entre si é fácil induzir os cães à unidade de propósitos,
ao trabalho colectivo e ao respeito recíproco.
Debaixo dos princípios acima enunciados, trabalharam nos trabalhos de ontem os seguintes binómios: Carlos/Oliver; Inês/Keila e Pedro Rodrigues/Luna. O CPA Bohr está em estágio em virtude do seu dono e nosso fotógrafo se encontrar infectado com o Covid, camarada e amigo a quem desejamos rápida recuperação. O Miguel não compareceu com a CPA Kira e a Ana Paula com o Tommy também não, assim como um curioso que é proprietário de uma cadela preta e que é perito em canções da treta (“dá Deus nozes a quem não tem dentes!”).
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