segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

THIS IS LOVE: LET THEM PLAY!

 

Não vou entrar na discussão se os cães amam ou não, também não sou nada dado a avaliações antropomórficas, mas ao olhar para o GIF acima, parece-me ver uma inequívoca manifestação passional, que acontece desde o primeiro dia em que estes dois cães se viram, como se de amor à primeira vista se tratasse. Será tal amor reflexo apenas de algum ou mais instintos? Certo é que o Cão de Água Oliver não larga o Bouvier da Flandres Duke, brincando somente um com o outro e longe dos demais, numa entrega que chega a sensibilizar quem assiste às suas brincadeiras. É bem possível que estas raças tenham tido na Idade Média uma origem comum, porque são várias as características que as unem, quiçá obra de mercadores turcos que expandiram alguns dos cães presentes nos territórios ocupados pelo Império Otomano, nomeadamente da Hungria e da Península Balcânica, que chegaram ao Ocidente com credenciais de cães pastores (aqui está um bom motivo para uma pesquisa genética – donde vieram os cães de pelo de arame?) Que não se choquem do alto dos seus pergaminhos os devotos do Cão de Pastor Alemão, uma vez que no princípio da raça também estiveram presentes cães de pelo de arame na sua construção. Prova disso é que ainda hoje se vêem exemplares CPA’s com pêlo revolto no dorso e também nas coxas - com “remoinhos”-, como é comum ouvir-se dizer (tal é o caso CPA Bock entre nós). Quanto ao Oliver e ao Duke, deixem-nos brincar, porque a sua alegria a todos contagia – faz-nos bem!

PS: Há quem diga que os Pastores Alemães com “remoinhos” são por norma mais dóceis que os demais, o que obviamente não pode ser uma verdade absoluta. Além disto, os ditos “remoinhos” só aparecem após o desaparecimento do pêlo de cachorro, que se inicia por volta dos 4 meses de idade e que é acelerado pelo aparecimento da maturidade sexual nos cachorros.

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