Ainda
antes de me referir às aventuras e desventuras do Cão de Água ao encontrar o
primeiro Bouvier da Flandres da sua vida, quero destacar a prestação da sua
dona nesta escola, menina de peso inferior aos 50 kg com um desembaraço e resistência
notáveis, vocacionada para a obediência linear e portadora de uma capacidade de
marcha invejável, uma verdadeira lebre nas nossas fileiras e um exemplo
inspirador, a quem calhou por opção própria conduzir um Cão de Água de persistente
teimosia. Na foto acima vemos a Inês com o Oliver em pleno esforço e no GIF
abaixo a elegância da condutora e a souplesse
do cão, o que nos leva concluir que, se a dona é uma lebre, o cão é um avião!
Uma
vez tecidas estas considerações, vamos ao sucedido ao Cão de Água (Oliver)
quando conheceu o Bouvier da Flandres (Duke), o primeiro da sua vida. O cão de
raça portuguesa ficou totalmente apanhado pelo cão belga, nunca o perdendo de
vista e tudo fazendo para estar junto dele, largando tudo e todos para estar ao
seu lado, como se fosse um velho amigo finalmente reencontrado, comportamento
que deixou a Inês simultaneamente perplexa e pouco ou nada satisfeita, porque a
“paixão” do seu cão durou as mesmas horas que o treino. Há dias assim e não
sobrou outro remédio à menina do que se impor sem reticências ao seu
companheiro de 4 patas (na foto seguinte vemos o Bouvier Duke em pelo esforço).
Atleticamente
não se pode exigir mais ao Cão de Água, que seria eventualmente melhor se
tivesse um carácter mais confiante e menos temeroso, mostrando por isso algum
receio nos obstáculos técnicos ditos de “carácter”. No GIF abaixo vemos o Oliver
a atravessar um tronco suspenso dispensando qualquer ajuda da dona, que deveria
tê-lo solto face à confiança demonstrada pelo animal.
De
um modo geral, exceptuando o incidente com a Silvana, o José Maria conduziu
razoavelmente as suas duas CPA’s negras, que atendendo ao seu tamanho parecem
ser irmãs. Se com a Dream procurou o robustecimento da cachorra, com a Süße
procurou recuperá-la de uma ninhada não programada e com algum risco por conta
da sua tenra idade. Para valer à Dream nas tarefas escolares, o José Maria
contou com a boa vontade e a disponibilidade do Carlos Silva, elemento neutro
do Oliver.
Grande,
brilhante e apta está a CPA negra Gaia, irmã da Dream, cadela-cão que é um poço
de energia e um autêntico furação, que ao ser por demais voluntariosa mereceu o
cognome de “Bela Vista”, numa alusão ao bairro de uma etnia onde o deputado
André Ventura do partido Chega certamente não se sentiria à vontade e não seria
bem-vindo. No GIF seguinte vemos a Gaia a saltar uma vertical mista.
No
intervalo de um momento dedicado à obediência, do qual não temos fotos porque o
fotógrafo (Paulo Jorge) também participou da actividade, pedimos a alguns
binómios da classe em excursão para posarem para a foto, merecendo especial
destaque a ternura do Carlos para a Inês, a cumplicidade entre o Lucas e o CPA
Bock, o instinto maternal da Silvana e a fotogenia da Ann.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Carlos Silva/Dream; Davide/Loki; Inês/Oliver; Jorge/Gaia; José Maria/Dream; José Maria/Süße; Lina/Cocas; Lucas/Bock; Patrick/Duke; Paulo/Bohr e Pedro Mortágua/Jonas. O Pedro Rodrigues não compareceu por se encontrar a trabalhar e a Clarinda por outro impedimento. O binómio Arnaldo/Niki também não compareceu devido a afazeres profissionais. O tempo esteve estranha e maravilhosamente primaveril e os trabalhos decorreram de acordo com o Plano de Aula. Continua sem chover e se assim continuar breve seremos assolados por uma grave seca. E de Portugal é tudo, despedimo-nos como sempre com amizade e alguma saudade dos portugueses nossos amigos que se encontram longe deste bendito solo pátrio.
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