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Fanny é uma estudante francesa do secundário em Lagny-sur-Marne
(Seine-et-Marne) que sofre de distúrbios autistas. Depois da sua família ter
lutado administrativamente com o governo durante dois anos, para que pudesse ir
às aulas acompanhada pelo seu cão de assistência, finalmente viu o seu pedido satisfeito
e Loustic, o seu cão, será o primeiro cão de assistência autorizado a entrar num
secundário no Departamento de Seine-et-Marne, na região administrativa da Ilha
de França. O cão acompanha a jovem por todo o lado e ajuda-a diariamente há
seis anos.
Presença do cão ao lado da jovem na escola
tem-lhe feito muito bem e parece agora uma pessoa diferente. Loustic é capaz de
prever as crises da menina através de vocalizações, acalmá-la graças à
pressoterapia e compensar o seu deficit e atenção quando precisa de atravessar
uma rua. Na verdade o cão é capaz de responder a 200 solicitações. A persistência
da família de Fanny acabou por simplificar os procedimentos para outros. “É preciso
ser beneficiário do cartão de inclusão de mobilidade, que precisa ser
reconhecido pelo MDPH(1) e
ter um cão aprovado”, explicou Armelle Rousselot, diretora do MDPH77. A vitória
de Fanny foi alcançada por quem mais a ama - a sua família! Aqui em Portugal
haverá muitas Fannys a necessitar de um cão assim, mas faltam cães devidamente
preparados, legislação, vencer a ignorância e ultrapassar a burocracia.
(1)MDPH - Maison Départementale des Personnes Handicapées (um centro departamental para pessoas com deficiência tendo como missão informar, apoiar e aconselhar pessoas deficientes e as suas famílias, bem como sensibilizar as pessoas com deficiência).
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