Hoje
levámos o CL Max para uma calçada à beira-mar bastante concorrida por toda a sorte
de cães, alguns deles soltos e irritadiços, mormente os pequenos que insistem
em ladrar por temer rosnar aos maiores, temendo que eles devolvam a ameaça e
partam para cima deles. Levámos o cão para ali por causa da sua sociabilização
e para preparar o seu condutor para situações idênticas. Dono e cão precisam de
mais treino nesta matéria, é isso que aconselhamos. Durante o trajecto escolar
o binómio praticou o “junto”, sendo depois o cão convidado para a transposição
dos bancos sui generis á disposição dos viandantes, para lhe manter o interesse
e evitar a saturação. Na foto acima vemos o Max dentro de um deles e no Gif
abaixo vemos o binómio num exercício de destreza para o seu condutor, que
independentemente das situações e condições, é obrigado a ter controlo absoluto
sobre o animal.
Depois
de termos usado os saltos como recompensa, foi pedido ao Max que permanecesse
quieto e na posição de “deita” à ordem do dono. Esta figura de imobilização foi
primeiro solicitada em cima dum banco e a pouca distância do dono.
Mediante
as respostas positivas que o cão nos foi dando, fomos gradualmente aumentando a
distância entre ele e o seu dono, assim como o tempo de permanência na figura.
Não fomos além dos 50 metros de distância para não ensinarmos o Max a fugir e
termos que recapitular tudo desde o início.
A
colocação em cima do banco foi estratégica e pretendia evitar tanto a
distracção como a fuga do cão. Como nada disso aconteceu, passámos a
imobilização para o solo e o Max comportou-se conforme o esperado, apesar do
número de transeuntes e de muitas novidades com as quais não estava ainda
familiarizado.
Para
memorização de alguns automatismos e das consequentes ajudas, pedidos ao
binómio que percorresse alguns muretes rústicos que se encontravam no jardim
por nós escolhido, para alegria do cão e em prol do desembaraço do dono e
condutor. A expressão mímica da cauda deste Castro Lobeiro denuncia a confiança
e a alegria com que partiu para a execução dos muretes.
Quando
acabamos o trabalho no jardim e antes de partimos para outro ecossistema,
tirámos uma foto ao Zé e ao Max, com o condutor, como é sem mau-hábito, debaixo
de tensão e a esganar o seu companheiro de 4 patas, que dispensa tal aperto e
não o merece.
Já
noutro local, ensinámos o Zé a rodar o Max (a inverter o sentido de marcha)
numa superfície estreita para quando for necessário. Rapidamente o cão aprendeu
a rodar e o dono não lhe ficou atrás, funcionando ambos como um verdadeiro
binómio.
No
regresso ao carro, colocámos o Castro Laboreiro dentro de uma canoa para que se
acostume a ficar quieto onde lhe mandam e ali permaneça até que seja chamado. O
cão mostrou alguma resistência por causa do desequilíbrio fornecido pela canoa.
Colocámos
o binómio junto a uma pintura mural alusiva à pesca e aos pescadores para uma
memorização descontraída das seguintes ordens sequenciais: “roda”; “alto”; “senta”
e “quieto”; “de pé”; “em frente” e “junto”. O binómio ficou bem na fotografia
em todos os aspectos.
Para
a posteridade e ainda falando em fotografias, o Adestrador fez questão de tirar
uma foto com o Max, cachorro com quem mantêm um perfeito entendimento e que
muito admira pela sua capacidade de aprendizagem, surpreendentemente bem acima
do que é expectável na raça.
O
GIF seguinte testemunha o trabalho desenvolvido no jardim e o tricomando básico
(“alto; “senta” e “deita”) solicitado sobre um vistoso banco multicolor, onde o
desempenho do Zé rasou a perfeição, sucesso que também se deve à
disponibilidade do cachorro.
Tirando
partido de dois bancos de jardim geminados, que formavam um túnel entre si,
convidámos o Max a internar-se nele, solicitando ao seu condutor o desembaraço
necessário para não deixar fugir o animal.
No
final da aula, depois de nos termos refrescado numa esplanada, pedimos a uma
das suas empregadas que passeasse o Max por breves instantes, para aquilatar da instalação dos comandos ministrados até aqui. Valendo-se dos comandos
certos, a jovem e cão irradiaram cumplicidade e interagiram seguros.
Assim foi mais um dia na vida do Max e na minha, onde fomos amigos e parceiros. Pelo que é e pelo potencial que tem, este cão já arranjou lugar na minha galeria dos cães especiais, daqueles que é impossível alguém esquecer-se pela sua qualidade e desempenho. Virá a ser um cão valente se souberem cuidar dele e equipá-lo convenientemente, um daqueles amigos que nunca nos abandonam por pior que seja a refrega – um cão com nobreza de carácter.
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