Uma
avó irlandesa de East Belfast que pediu ao BelfastLive
para ser apenas conhecida por Gillian, disse que ficou “traumatizada, a tremer
e sem conseguiu dormir”, depois que foi atacada por dois cães e obrigada a
defender-se deles, cães que segundo ela eram do tipo Rottweiler, que já se
encontravam nos degraus da frente da sua casa e que de imediato se lançaram
sobre a sua amada Staffie Sapphire, uma cadela Staffordshire Terrier.
Gillian
diz que se encontrava do lado de fora da sua residência à espera da filha, que
tinha ido buscar chá à loja de peixe e batatas fritas, quando os cães saíram de
um quintal por um “portão Perigoso” que fica de frente para a sua casa. Os dois
cães começaram por atacar a Sapphire e voltaram-se depois para ela quanta
intentou libertar a sua cadela. Gillian disse que tinha a Staffie consigo por
ser um animal muito amigável e apegado às pessoas da casa, chorando por vezes
quando alguém sai dela, e que por causa disso tinha-a a seu lado à espera que a
filha voltasse para casa. “Então, vindos do nada, os dois cães saíram do portão
a correr e começaram a atacá-la, mordendo cada um por uma ponta e tudo que eu
podia ouvir era o seu choro de dor. "Eu tentei afastá-los para longe dela,
mas os dois viraram-se contra mim e um deles cravou as suas mandíbulas à volta
da minha mão, partindo-me um osso do meu dedo.”
“Finalmente
consegui afastá-lo de mim e saltei para cima da Sapphire, cobrindo-a com o meu
casaco para tentar mantê-la a salvo deles”. Foi nessa altura que os moradores
da rua correram em seu auxílio, não sabendo ela se mais alguém foi mordido
pelos cães, porque tudo aconteceu rapidamente. “Só estou grata por ter sido
capaz de salvar a Sapphire porque aqueles cães tê-la-iam matado." Gillian
diz que não consegue dormir desde o incidente, que está com medo de voltar a
sua casa, mesmo que a sua família esteja lá consigo. Obrigada a permanecer no
hospital por 3 dias, Gillian foi sujeita a uma cirurgia à mão. “Há muitas
famílias com filhos pequenos, incluindo os meus netos, que brincam naquela rua
e estou grata pelos cães não terem atacado nenhum deles, porque não suporto
pensar no que pode ter acontecido. Não sei o que é feito dos cães depois do que
aconteceu, mas não há como permitir que vivam perto das nossas casas, eles são
perigosos. Eles não atacaram apenas a minha cadela, feriram-me também a mim."
Um
porta-voz da PSNI disse a propósito: “A polícia recebeu um relatório
aproximadamente às 17h25 de sexta-feira, dia 04 de junho, de que uma mulher de
48 anos sofreu ferimentos depois de tentar defender o seu cão que tinha sido
atacado por outro na área de Channing Street, no leste de Belfast. "A
mulher recebeu tratamento médico devido a suspeita de fractura num dedo,
feridas de punção nas mãos e escoriações nas pernas."
Esta corajosa avó irlandesa (não é assim tão rica em primaveras passadas) fez tudo o que deveria ter feito para salvar a vida à sua cadela, reagindo debaixo de surpresa, não se importando com a sua sorte e nunca se dando por vencida. Penso que a sua determinação acabou por apanhar os cães agressores desprevenidos e evitou que saísse do embate substancialmente mais ferida. Poderá aplicar-se aqui a frase “a sorte protege os audazes”? Eu julgo que sim!
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