As
autoridades italianas na Província de Reggio Emilia continuam a procurar o
corpo de Saman Abbas, de 18 anos, provavelmente estrangulada por um primo,
porque pretendia escapar a um casamento forçado. A busca continua nos campos e
nos canais de uma empresa agrícola em Novellara, onde têm sido usados cães
pisteiros e dispositivos electromagnéticos, local de trabalho do pai da jovem
desaparecida há um mês. O Ministério Público está a investigar os pais de Saman
e três parentes seus por homicídio doloso. Entre eles está um primo de 28 anos
de idade em fuga, preso em França quando pretendia fugir para Espanha, pelo que
o seu processo de extradição para Itália deverá ser acelerado. Os
investigadores ouviram novamente o irmão de Saman, um jovem de 16 anos, que
acusa um primo de 33 anos de estrangular a irmã e enterrar o seu corpo. Estranhamente,
os pais da jovem desaparecida voltaram para o Paquistão e a indicação dada pelo
pai em como a filha se encontrava na Bélgica com um amigo, revelou-se
infundada.
Pelo menos 2.000 mulheres migrantes que vivem na Itália são obrigadas a casamentos forçados organizados por parentes todos os anos, alertaram as associações de protecção às mulheres. O Secretário de Estado do Ministério do Interior, Ivan Scalfarotto, apelou às jovens estrangeiras que vivem na Itália para se apresentarem à polícia para denunciar os casamentos forçados: “Integração significa não só ter um emprego na Itália, mas também respeitar os nossos valores, a começar por aquele dos direitos iguais para homens e mulheres e a laicidade do estado." Apesar de Scalfarotto ser um governante do seu país, ter carradas de razão e ter a lei do seu lado, os muçulmanos na Itália e na Europa regem-se apenas pelas suas próprias leis e tradições, mesmo que isso implique na morte das suas próprias filhas.
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