domingo, 20 de junho de 2021

DO CASTELO PRÓ MUNDO

 

Ontem treinámos à sombra de um castelo para adaptarmos os nossos cães ao mundo à sua volta. A foto acima mostra parte da classe que se prepara para fazer o cruzamento frontal com o binómio Patrícia/Keila a Fila-guia, num dos momentos de obediência linear. Na foto seguinte, vemos os cães em “quieto” com a Nicole e Simão a brincar indiferentes às tarefas dos cães. Foi pedido aos cães que ficassem “de pé”, excepto aos dois cães sentados, dois cachorros CPA’s, a quem importa treina com paciência e evitar exageros de travamento. Entre os cães imobilizados destaca-se um dourado, o Labrador Soneca, que tem andado arredado dos nossos trabalhos regulares.

A CPA negra Süße continua a evoluir na escola e a melhorar o “junto”, mostrando em simultânea uma predisposição atlética extraordinária. Na foto seguinte vemo-la a ultrapassar um muro de alvenaria com 1.40 cm de altura. Daqui exortamos o seu condutor a executar com ela uma légua de marcha diária, para que a comunhão de vida e a cumplicidade reforcem os seus laços afectivos.

A Süße foi ainda convidada a passear com a Tininha, esposa do Noé e dona do cachorro CPA Ruky que ontem nos visitou, senhora sensível e delicada que se prontificou a ajudar-nos na sociabilização e condução desta cachorra CPA negra.

Saudámos a presença do binómio Jorge/Soneca e do binómio José António/Doc falaremos a seguir. O Noé precisa de passear mais o Ruky, de ser mais paciente com o Ruky e de usar de maior atenção e concentração. A Patrícia dominou precariamente a Keila, demos por falta da Clarinda e o Pedro Rodrigues terá dentro em breve mais tempo para afinar a CPA Luna. O Pedro Baptista “desapareceu em combate” e não deu cavaco a ninguém. Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Jorge/Soneca; José António/Doc; José Maria/Süße; Noé/Ruky; Patrícia/Keila; Paulo/Bohr; Pedro Rodrigues/Luna.

SOMBRA, CARTÃO DE VISITA E PAU PRA TODA A OBRA

 

O FSM Doc é um cão obediente, interactivo e multifacetado, o que o transforma na sombra do dono, num cartão de visita da escola a que pertence e num cão apto para todo e qualquer desafio, muito embora ainda necessite de vários aprimoramentos binomiais atendendo ao muito que tem para dar. Na foto acima vemo-lo a treinar o “junto” em liberdade, colado ao dono num percurso multidireccional delineado no solo. No GIF abaixo é possível ver o binómio José António/Doc a executar parte do percurso multidireccional.

No seu actual momento de ensino e de preparação física, este Fila de São Miguel consegue familiarizar-se com desconhecidos e agir com eles de acordo com as ordens do seu líder, não tendo para com eles atitudes agressivas e entendendo-os muitas vezes como obstáculos a transpor, conforme atestam as 3 fotos seguintes.

Com a anuência do dono e isso é que é extraordinário, visto que estamos a falar de um cão de guarda experiente em acções defensivas e ofensivas, ele é capaz de se deixar conduzir por estranhos em exercícios de ginástica, como se pode ver no GIF seguinte, onde conduzido por uma menina sueca salta sobre o namorado luso desta (o cão executou o exercício exemplarmente, mas faltaram “pernas” à menina para o acompanhar, apesar de ter 1,8m).

Noutro momento o treino vemos o Doc a ser conduzido por uma senhora sem nenhuma experiência na condução de cães, inaptidão denunciada pela posição da sua mão na trela e pelo acompanhamento preventivo, a para e passo, do Adestrador. Apesar da inexperiência da senhora, o Doc conduziu-a ao longo do círculo de 36 metros, enquanto ela pensava que ia no comando.

Depois de alertado pelo dono para o facto, o Doc defendeu bravamente os pertences de uma menina que tinha acaba de conhecer, mesmo depois de ter passado toda a manhã a trabalhar, o que muito enaltece a disponibilidade do cão e o trabalho do dono em prol da sua capacitação.

Quem conhece o José António e o Doc sabe que pode contar com eles, que num ápice aparecem para aquilo que for preciso e por mais dura que seja a jornada, porque são cúmplices e confidentes um do outro, unha com carne e força indivisível.

Que continuem assim e que conservem o mesmo ânimo, porque estão a dois passos da sublimidade e têm tudo para lá chegar – parabéns aos dois!

sexta-feira, 18 de junho de 2021

PIADA PARA O FIM-DE-SEMANA: QUE SUSTO!

 

Um homem cruel e acostumado a bater desalmadamente no seu burro, quando menos esperava, ouve dele: “Ando farto de apanhar, não me bata mais!” Surpreso e muito assustado, o homem desata a correr seguido pelo seu cão. Já longe do asno exclama: “Meu Deus, como é possível uma coisa destas! Ainda não estou em mim!” O cão olha para ele e diz-lhe: “É verdade, que grande susto o burro nos pregou!”

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

 

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:

1º _ 10 DE JUNHO, editado em 10/06/2021

2º _ CARNIFICINA NA LONGINQUA MARYBOROUGH, editado em 09/06/2021

3º _ FAÇA DO VERÃO UMA ESTAÇÃO SEGURA PARA O SEU CÃO, editado em 11/06/2021

4º _ ACENDURA BRAVA AO SERVIÇO DA INCLUSÃO SOCIAL, editado em 13/06/2021

5º _ O MAX NAS AGRURAS DA CIDADE, editado em 09/06/2021

6º _ IR PARA OS ALPSTEIN COM OS CÃES E NUNCA MAIS VOLTAR, editado em 08/06/2021

7º _ WASABI BEST IN SHOW, editado em 14/06/2021

8º _ CONVIVENDO, SALTARICANDO E APRENDENDO, editado em 12/06/2021

9º _ DOC: O REI DAS LAEIRAS E DOS SALTOS VERTICAIS, editado em 04/06/2021

10º _ RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS, editado em 11/06/2021

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

 

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:

1º França, 2º Estados Unidos, 3º Portugal, 4º Brasil, 5º Canadá, 6º Países Baixos, 7º Alemanha, 8º Reino Unido, 9º Itália e 10º Indonésia.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

UM PEDIDO NEM SEMPRE ATENDIDO

 

No “kleinezeitung.at” de hoje, nas notícias ligadas ao Estado austríaco da Caríntia (Kärnten), surge um importante pedido que nem sempre é atendido. Uma senhora que no dia 26 de setembro do ano passado foi atacada com o seu cão por dois cães de raça boxer perto do Lago de Forstsee, no município austríaco de Techelsberg am Wörther See, procura agora o casal de caminhantes que a socorreu a ela e ao seu cão durante o ataque dos braquicéfalos, para que sirva de testemunha do incidente, deixando para o efeito o seu número de contacto.

Nestas circunstâncias, muitos de nós, para evitar incómodos, recear sarilhos e possíveis despesas, não responde afirmativamente a um pedido destes, o que pode contribuir para inocentar os culpados, permitir que reincidam nos seus crimes e impedir que as vítimas sejam ressarcidas. Se cada um de nós conseguisse pôr-se no lugar dos outros, certamente desejaria ver respeitada a sua dignidade, salvaguarda e direitos. Tomara que o pedido da senhora agredida seja satisfeito. 

IMPORTANTE ESTUDO LUXEMBURGUÊS

 

No Luxemburgo, segundo noticia o seu Instituto de Saúde (LIH), foi realizado um estudo conjunto com vários veterinários e a administração veterinária para determinar o número de casos de animais de estimação infectados com o coronavírus, solicitado pelo Ministro da Agricultura, Vinicultura e Desenvolvimento Rural, Roman Schneider, para dar resposta à questão parlamentar do deputado Gusty Graas.

Dos 276 cães examinados, 62 encontravam-se infectados (22,5%) e dos 228 gatos analisados, 60 tinham contraído o coronavírus (26%). O estudo, denominado “Colide”, foi feito em cães, gatos, furões e coelhos. Não foi encontrado nenhum caso positivo em coelhos e furões.

O ministro Schneider (na foto abaixo) disse por escrito que, como a transmissão do vírus de animais para humanos é insignificante, os animais não precisam de ser vacinados, cuja maioria não apresenta nenhum sintoma.

A Rússia já homologou uma vacina contra o coronavírus em animais, a “Carnivac-Cov”, e já produziu as primeiras 17.000 doses, desejando que esta vacina venha a ser também homologada para aprovação na União Europeia. Se isso viesse a acontecer, a vacinação permaneceria voluntária, diz Roman Schneider, já que a prioridade continuaria a ser dada, por exemplo, à vacinação anti-rábica. 

quarta-feira, 16 de junho de 2021

NOITE AGITADA EM TOULOUSE

 

A noite do passado domingo, dia 13 de junho, foi agitada no bairro de Faourette, na cidade francesa de Toulouse, onde por volta das 21h40, um cão atacou várias pessoas no meio da rua. Os bombeiros intervieram rapidamente no local e um homem de 38 anos, gravemente ferido, foi transportado ao hospital. As outras vítimas foram uma jovem de 25 anos, levemente ferida; uma senhora de 60 anos e uma menina de 4, segundo informa o “Actu Toulouse”.

O cão foi atendido por uma empresa especializada no controlo de cães em áreas habitadas e segundo o “La Dépêche du Midi”, o dono do cão não chegou a ser ouvido pela polícia por se ter posto em fuga. Face à ausência de outros detalhes é impossível compreender a causa do ataque sobre tão grande número de vítimas, pelo que se aguardam novos desenvolvimentos sobre o incidente. Porém, uma coisa parece certa: o dono do animal não o conseguiu controlar.

AMERICANOS PREOCUPADOS COM A RAIVA CANINA

 

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos disse anteontem, segunda-feira, que suspenderá temporariamente a importação de cães de 113 países classificados como de alto risco para raiva canina a partir de 14 de julho. A suspensão aplica-se a todos os cães, incluindo cachorros, cães de apoio emocional e cães que viajaram para fora dos Estados Unidos e voltaram de países de alto risco. Também inclui cães que chegam de outros países, se eles estiveram num país de alto risco durante os seis meses anteriores. O CDC disse que “uma acção temporária é necessária para garantir a saúde e a segurança dos cães importados para os Estados Unidos e para proteger a saúde pública contra a reintrodução da variante do vírus da raiva canina nos Estados Unidos.”

Emily Pieracci (na foto seguinte), médica veterinária do CDC, disse à Reuters que no último ano, durante a pandemia de COVID, "houve um aumento significativo do número de cães importados com certificados de vacinação anti-rábica fraudulentos ou falsificados". Os 113 países incluem Rússia, China, Índia, Brasil, Peru, Quênia, El Salvador, Guatemala, Bielorrússia, Afeganistão, Arábia Saudita, Paquistão, Jordânia, Equador, Cuba, Malásia, Indonésia, Nigéria e Arábia Saudita, disse o CDC. Pieracci também observou que, durante a pandemia de Covid-19, muitos programas de vacinação canina em todo o mundo foram suspensos ou cancelados. Ela citou um número crescente de casos de raiva canina no Haiti e no Peru como resultado dos cortes na vacinação canina. “Dado o impacto que o Covid teve nesses programas de vacinação em todo o mundo, não temos a certeza de como será o nosso panorama da raiva no futuro”, disse Pieracci.

O CDC estimou anteriormente que 1,06 milhões de cães são importados anualmente para os Estados Unidos anualmente, estimando que a proibição das importações, que deve durar um ano, afectará cerca de 6% dos cães importados. O CDC disse ainda que, devido ao impacto do COVID-19 nos horários dos voos, os cães com entrada negada enfrentam tempos de espera mais longos para serem devolvidos aos países de origem, adoecendo uns e morrendo eventualmente outros. A raiva canina foi eliminada dos Estados Unidos em 2007, mas continua prevalente em muitos países e mata 59.000 pessoas anualmente em todo o mundo. Essas mortes seriam e são evitáveis se as pessoas forem vacinadas antes do início dos sintomas. Embora os cães nos Estados Unidos ainda possam ser infectados por guaxinins, doninhas ou morcegos, eles não transmitem a raiva uns aos outros. Não obstante, o CDC, excepcionalmente pode conceder uma aprovação prévia por escrito permitindo “a importação de cães totalmente imunizados contra a raiva, com 6 meses ou mais, de um país de alto risco.”

Persiste o problema das certificações fraudulentas de vacinação anti-rábica. Os cães de países de alto risco não podem entrar nos Estados Unidos antes de completarem 16 semanas e devem ser vacinados. Existem poucos lugares para abrigar adequadamente os cães cuja entrada nos Estados Unidos foi negada. O CDC tem apenas uma instalação de quarentena no aeroporto JFK de Nova Iorque para cães e a falta de instalações resultou em condições "inseguras" para os funcionários do aeroporto e para os cães, disse Pieracci, que concluiu: “Queremos que as pessoas possam importar cães - mas queremos que o façam com segurança.” 

WASHOE COUNTY: VENDER CANECAS PARA VALER AOS K9 POLICIAIS

 

Ao abrigo da campanha de arrecadação de fundos projectada para ajudar a pagar os suprimentos dos cães policiais, incluindo coletes à prova de bala, óculos e equipamentos de veículos para cães-polícia no norte do Estado norte-americano do Nevada, os “Parceiros K9 do Washoe County” puseram à venda a sua caneca mais recente, que nela traz estampada um cão-polícia chamado Zeke.

Quem desejar obter a caneca do Zeke basta pagar 10€, podendo também comprá-la pela Internet. “Ver a comunidade tão animada connosco e saber para onde vão os fundos, faz com que tudo valha a pena”, disse Diana Lee, vice-presidente da Washoe County K9 Partners. Todos os meses é lançada uma nova caneta com um novo cão-polícia.

Esta tradição, muito comum nas Américas, de solicitar o apoio directo das populações à polícia, para além de ajudar a suprir as necessidades desta, aproxima de sobremaneira os cidadãos dos agentes de autoridade, trabalhando todos para a segurança comum – uns sabem qual é o seu dever e outros tudo fazem para que o cumpram sem reticências.

MAIS CEDO OU MAIS TARDE…

 

Em Linz, cidade e município da Áustria que é também capital do importante estado industrial da Alta Áustria (Oberösterreich), haverá em breve duas novas áreas ao ar livre cercadas para cães, que se irão juntar a uma já existente. Indo ao encontro dos seus dos desejos dos seus munícipes, a cidade decidiu construir áreas adicionais cercadas destinadas ao passeio dos cães. Os 90.500€ euros necessários para a execução da obras serão financiados com os fundos do imposto canino (assim vale a pena pagar a licença canina). Por razões ligadas à segurança de pessoas e animais, estas áreas serão vedadas com uma cerca de 120 cm de altura e os seus portões fechar-se-ão automaticamente. Está também prevista a instalação de painéis informativos e de dispensadores de sacos para a apanha de dejectos. Se porventura quiser ser um pouco mais activo com o seu cão, têm ainda a possibilidade de usar o novo equipamento de agility, para além do clássico passeio nas zonas caninas. Os donos dos cães terão bancos de jardim ao seu dispor nas áreas dos passeios caninos recém-projectados e também um bebedouro para se refrescarem.

Mais cedo ou mais tarde, na construção de novas cidades, bairros e condomínios, os senhores arquitectos (andam por cá tantos arredados da profissão, a fazer de tudo um pouco e mal pagos), à imitação dos playgrounds já existentes para crianças, ver-se-ão obrigados a projectar e a construir áreas destinadas aos cães e às suas actividades, espaços onde estes animais serão soltos para brincar, passear e exercitar-se, também munidos de obstáculos ao alcance de todos e de fácil solução. Os cães e as suas exigências, tanto em casa como no exterior, estão nalgumas partes do globo a dar trabalho e a remunerar generosamente o trabalho de arquitectos que se dedicam às necessidades e ao bem-estar dos nossos amigos de 4 patas, ao desenhar-lhes quartos, sumptuosas habitações e idílicos espaços (vale a pena verificar na Internet).

PRIMEIRA CERVEJA 100% ITALIANA PARA CÃES

 

Tal como sucede noutros países, os italianos já têm uma cerveja para cães 100% italiana. Chama-se “Pawse”, nasceu durante a pandemia em Ponzano Veneto, na região de Vêneto, Província de Treviso e é a mais recente inovação lançada pela empresa “Da Pian”. A sua distribuição terá início no final deste mês e durará durante todo o Verão. Trata-se de uma bebida sem álcool acondicionada em latas de alumínio de 33cl e fácil de abrir. Esta cerveja para cães foi criada por Alessandro Marcucci, dono da Fidovet, empresa de Marche com renomada experiência na produção de alimentos para animais, que segundo a sua parceira “Da Pian”, é “um produto não alcoólico, não carbonatado, proteico e vitaminado, sem aditivos químicos e elaborado com matérias primas de alta qualidade, uma bebida saudável e genuína para os nossos amigos de 4 patas.”

Sabe-se que a “Pawse” tem entre os seus ingredientes água pasteurizada, frutose, mel e uma pitada de sal. Diz quem a vai distribuir, que os cães que a provaram gostaram muito e que assim que se pega numa lata desta cerveja, ficam logo a abar as caudas. Segundo uma pesquisa italiana recente, 3,5 milhões de famílias transalpinas adoptaram um cão pequeno durante o logo após o confinamento de 2020. Neste mesmo ano, a adopção de cães e gatos aumentou 15% em relação ao ano anterior (2019) e actualmente 28% das famílias italianas têm um cão. Raffaella Da Pian, administradora Da Pian 1904, concluiu acerca dos propósitos e benefícios desta cerveja: “Cada vez mais os cães fazem parte da vida italiana. Pensamos no seu bem-estar e na possibilidade de partilhar momentos e experiências com eles, assim como uma pausa para um aperitivo no pub. Por isso pensamos numa cerveja para cães.” Resta saber se o consumo abusivo da “Pawse” não trará problemas de saúde para os cães a longo prazo, atendendo ao sal presente na sua composição que tende a viciá-los. A meu ver, que sou um leigo na matéria, a aprovação desta cerveja deveria ter resultado de um estudo mais pormenorizado e abranger o maior número de cães possível. 

CUIDADO AO LEVAR O SEU CÃO PARA A PRAIA!

 

Parabéns se conseguiu encontrar uma praia para si e para o seu cão nesta época balnear, mas saiba que existe a possibilidade do seu cão engolir areia ao perseguir bolas e frisbies, o que poderá ter consequências desastrosas caso coma muita areia e seja acometido da cólica de areia, que ao não ser reconhecida e tratada, pode ser fatal. Na foto abaixo, um raio-x mostra a quantidade de areia que teve que ser removida cirurgicamente de um cão.

A cólica da areia tem como sintomas cólicas estomacais e intestinais, grande número de cães vomita ou desenvolve problemas digestivos como diarreia e prisão de ventre. Perca de apetite e sensibilidade abdominal são também sintomas típicos.

Ao levar o seu cão para o banho ou para brincar consigo dentro de água, evite que ele beba água salgada, porque existe o risco de ficar desidratado, particularmente se for cachorro ou de raça pequena.

Dono precavido, ao ir para a praia com o seu amigo de 4 patas, leva bastante água potável, 5 litros em média (quando maior for o cão, maior será a quantidade de água a transportar) e deverá pô-la regularmente à disposição do animal; não esconde guloseimas na areia húmida, porque para além do risco ligado à cólica da areia, os grãos finos da areia podem também causar conjuntivite ao cão e dá-lhe sempre um banho morno de prevenção após um dia na praia para evitar que contraia doenças bacterianas na pele (1)

Se após um dia na praia, o seu cão vomitar, for acometido de diarreia ou apresentar outros sintomas de mal-estar, há que levá-lo de imediato ao veterinário. Seja previdente, olhe pela saúde do seu cão e boas férias para ambos.

(1)Já ouvimos falar da água salgada como terapia para várias doenças caninas, mas como não somos veterinários não nos cabe pronunciar sobre o assunto.

terça-feira, 15 de junho de 2021

EXPERIÊNCIA EM LYON

 

A Sytral, que gere a rede de transportes públicos na cidade francesa de Lyon, está realizar uma experiência até ao final do próximo mês de setembro no sentido de permitir o transporte de cães médios e grandes nos metros, autocarros e eléctricos da cidade. Até à presente data, só os cães pequenos têm tido livre acesso aos transportes públicos, desde que transportados pelos donos em bolsas ou mochilas.

A implementação desta experiência aconteceu hoje, terça-feira, com cães médios e grandes a terem acesso à rede do metro e de autocarros de Lyon, desde que os seus donos comprem a sua passagem. O bilhete do animal custa 1 euro diário ou 10 euros mensais, sendo gratuito para os titulares das assinaturas “solidariedade gratuita” e “solidariedade reduzida”.

Para além de um título de transporte válido, para que possam usufruir da rede de transportes públicos de Lyon, estes cães têm que entrar atrelados e com açaime posto. Depois destes 3 meses e meio de experiência, a Sytral decidirá se permitirá definitivamente ou não o livre acesso destes cães. É possível que uma experiência idêntica venha a acontecer aqui, muito embora seja mais fácil esperar pela decisão das autoridades dos transportes públicos de Lyon e aplicá-la por cá, como normalmente acontece. 

NÚMERO IRRISÓRIO E SIMULTANEAMENTE AVULTADO

 

Quase 6.000 funcionários dos serviços postais norte-americanos (5.800) foram atacados por cães no ano transacto. O Serviço Postal (USPS) divulgou a sua lista anual das cidades onde os carteiros mais sofreram ataques de cães. Os incidentes variaram entre pequenos ataques e mordeduras a ataques directos. O Top 10 das cidades onde os carteiros são mais atacados ficou assim ordenado: _ Houston, TX – 73; _ Chicago, IL – 59; _ Los Angeles, CA – 54; _ Cleveland, OH – 46; _ Denver, Co – 44; _ Baltimore, MD – 43; _ Dallas, TX – 38; _ Columbus, OH – 37; _ San António, TX – 36 e 10º _ San Diego, CA – 35. O número de ataques a carteiros é irrisório face ao número geral dos trabalhadores do USPS, que ultrapassa o 600.000 de empregados, mas que é avultado quando comparado com a sua ocorrência noutros países.

Além de criar problemas de segurança para os funcionários dos Correios, os ataques de cães podem levar a interrupções no serviço de entrega aos clientes. Moradores de uma rua em Salt Lake City, no Utah, não recebem a sua correspondência há 6 meses devido a um cão que vagueia pela vizinhança e que representa uma ameaça para o carteiro. Um morador disse ao Salt Lake Tribune que o cão em questão corre normalmente solto pela vizinhança porque o seu dono não quer prendê-lo (?!). Um representante do USPS confirmou que a entrega de correspondência a nove casas daquela rua foi suspensa causa da situação.   

Os carteiros recebem treino para saber como lidar com cães agressivos e também recebem ferramentas para ajudá-los nos seus percursos. Têm ainda uma ferramenta de alerta para cães nos seus scanners portáteis para lembrá-los de um perigo canino iminente. Usam também cartões de aviso quando separam a correspondência caso haja algum cão que possa atrapalhar a distribuição em determinado sector. O serviço postal lembra também que se uma transportadora se sentir insegura, o serviço de entrega pode ser interrompido não apenas para o dono do cão, mas eventualmente para todo o bairro, como aconteceu com a vizinhança em Salt Lake City. O serviço só será restaurado depois do cão ser preso, o que se compreende e aceita. Contudo, atendendo ao prejuízo dos demais, não consigo compreender porque razão não se prendem os proprietários dos cães nestas condições.                                                                                    

O MAX ESTEVE A VER O DONO A APRENDER

 

Não é novidade para ninguém que defendemos uma suave condução dos cães à trela na execução do comando de “junto”, tão suave e leve que possibilite a uma criança de 3 anos de idade conduzir qualquer um dos nossos cães depois de devidamente ensinado. O “junto”, o caminhar do cão alinhado ao lado do dono e sem atropelos, é um dos primeiros comandos que instalamos nos cães e uma das pedras basilares da obediência canina. O atraso na aprendizagem dos cães em andar a trela; o desfasamento temporal entre os momentos de liberdade e os de trela nos animais; a resistência dos donos em conduzi-los assim; a sua ausência de disponibilidade para fazê-lo; as dificuldades que enfrentam e a impropriedade do seu perfil psicológico são os maiores responsáveis pelas delongas na assimilação do comando de “junto” pelos cães, entraves da exclusiva responsabilidade dos donos, que inevitavelmente terão que ser também esclarecidos, educados e instruídos. Como o José, condutor do CL Max se queixava de ir a reboque do cão nos passeios domésticos e sabendo que este Castro Laboreiro é um daqueles cães de quem na gíria se diz que “só lhe faltar falar”, ontem foi dia de instruirmos o José com o Max a ver.

Involuntariamente, o José conduz o Max à trela debaixo de uma extraordinária tensão, sempre de braço dobrado e pendurado no estrangulador, dificultando assim a oxigenação ao cérebro do animal, que puxa cada vez mais pelo dono para se libertar daquele inusitado estrangulamento. Devido ao seu perfil psicológico introvertido, o José apresenta algumas dificuldades em manter o diálogo com o seu cão e tende a malbaratar os comandos, a usá-los tardiamente ou a desusá-los. A sua postura contraída e em esforço, atendendo ao impacto visual que tem sobre o Max, acaba por levar o cão a desconsertá-lo e a tentar roubar-lhe a autoridade através de convites para a brincadeira, primeiro formulados por chantagem emocional.

Nestes casos, quando importa descontrair os donos, livrá-los da tensão e levá-los ao acerto atempado das ordens, substituindo a força bruta pela entoação dos comandos, o melhor que há fazer é pedir aos condutores que conduzam os seus cães sem pôr as mãos nas trelas, pondo-as alternadamente atrás da nuca e atrás das costas, com a trela pousada sobre os seus ombros. Estes exercícios prestam-se como terapia de relaxamento, induzem os donos ao uso dos comandos verbais e mostram-lhes quão impróprio e fútil foi o uso da força na condução dos seus cães ali. Para além destes aspectos, estes exercícios melhoram substancialmente o equilíbrio dos condutores e levam-nos à aquisição de uma postura erecta, que tem como reflexos positivos a aproximação e a procura dos donos por parte dos cães, os mesmos que anteriormente se “penduravam” á esquerda e que tudo faziam para se escapar.

Quando importa fazer descansar os donos do incómodo das posições solicitadas e sendo visível o seu progresso, deixamos que descontraiam os braços e pedimos-lhe que executem um Slalom sem meterem as mãos nas trelas, que é exactamente o que está a fazer o José com o Max no GIF seguinte.

Os resultados são imediatos logo após uma terapia destas, mas não são duradouros atendendo à natureza e aos mau hábitos dos donos, pelo que estas manobras de relaxamento deverão fazer parte das rotinas dos binómios, repetidas nos lares e na escola até que os seus benefícios sejam permanentes e irreversíveis.

O binómio José/Max trabalhou ainda na cidade onde teve oportunidade de conhecer outro cão, dando assim início à sociabilização Max no exterior. O comportamento deste Castro Laboreiro na urbe é calmo e sereno e mais será quando se encontrar completamente sociabilizado. Hoje o Max esteve a ver o dono a aprender!