Já
levava 15 dias sem ver a cachorra CPA Tuka, achei-a maior e diferente, apesar
de continuar a ser a sombra da sua dona. Com as duas encetei uma caminhada de
uma légua terrestre, não só porque o animal precisava, mas para demonstrar à
dona que uma légua de caminhada diária faz-se bem e a cachorra agradece.
No
imenso sapal que rodeia a casa de ambas, há muito transformado em arrozais infindos
e viveiros para as mais variadas espécies, para além de alguns forasteiros,
turistas ou viandantes, sempre se surpreende algum amigo do alheio ocasional,
um pescador furtivo de circunstância, que pesca o que não lhe pertence sem dar
contas a ninguém, montado numa bicicleta e ataviado de alguns baldes, carga que
normalmente oculta entre arbustos de salicórnia, que foi exactamente o que
encontrámos pelo caminho.
Ao
longo da légua que empreendemos executámos o “junto” tanto à esquerda como à
direita, não tanto como uma manobra pedagógica, mas para poupar a mãos da
condutora ao longo do trajecto. Doravante estes trabalhos terão de acontecer a
outras horas porque o calor é muito e os pisos de estrada escaldam as almofadas
dos cães. À parte disso, a beleza, a nostalgia e a imensidão do sapal fascinam-nos
à entrada e deixam-nos saudade na hora da partida.
Dentro
em breve, quando já tiver assimilado plenamente o comando de "junto", a Tuka reunir-se-á à restante classe e começará a participar das aulas
colectivas, onde já se encontra o seu irmão Jay, um cachorro CPA cinzento. Para
a semana voltarei a dar instrução à Tuka e embrenhar-me-ei mais uma vez naquela mística e
deleitosa paisagem aquática que só em sonhos tinha visto. E a Tuka? Como dizem
os brasileiros, que são aqui cada vez mais – a Tuka tem tudo para dar certo!
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