Literalmente ao virar da
esquina, encontrei um trintão com um Bulldog Francês de oito meses a passear, o
homem a reboque e o cão esganado por enforcador metálico, que evoluía
disparatado e debaixo de engasgo. Segundo o parecer daquele impróprio condutor
canino, sem o concurso do estrangulador jamais conseguiria trazer o animal à
rua, porque puxa que nem um desalmado e não atenta para os reparos. Adiantou
ainda que no princípio usou um peitoral e que o cão foi objecto de instrução
escolar lá para os lados de Algés, não esclarecendo quanto tempo por lá andou e
quais os resultados obtidos, muito embora tudo indique que a assiduidade
escolar de ambos não tenha sido muito grande considerando as dificuldades patenteadas.
Apostado em resolver-lhe o problema de “histórico” do cão, peguei no animal e
operei a devida correcção, pormenor que durou 5 minutos e que muito espantou o
homem, não sem que antes tivesse dado cabo da minha mão esquerda por conta da
trela ser de fita e abrasiva. Nestas coisas do adestramento, como em tantas
outras, o material tem sempre razão, as trelas deverão ser redondas e de
material não abrasivo, o que tornará cómodo e facilitará de sobremaneira o
trabalho a efectuar pelos condutores. Como complemento, importa dizer que os
cães braquicéfalos, considerando as suas dificuldades respiratórias e
cardíacas, deverão usar coleiras e não enforcadores ou estranguladores e, como
o Bulldog Francês é naturalmente bruto, o uso de peitorais pode ser contraproducente,
uma vez que podem instigá-lo à tracção e perpetuar o arraste.
domingo, 22 de novembro de 2015
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