O celebérrimo “Prof.
Pardal”, uma personagem fictícia e um galo antropomórfico criado em 1952 pelo
norte-americano Carl Barks para a Walt Disney Company, que viria a alcançar
diferentes nomes nos diversos países para onde foi expedido, merecendo na
língua de Shakespeare a designação de “Gyro Gearloose”, é um inventor cheio de
boas intenções cujos inventos nem sempre funcionam e que por vezes se revelam
até desastrosos, malogrando-lhe assim os desejos de poder valer aos outros.
Dizem as más-línguas por cá, rumores a que não reconhecemos qualquer verdade e
que determinantemente nos negamos a aceitar, apesar de não serem recentes, que
outros “Professores Pardais” subtraem ou aumentam graus no cálculo do “ângulo
de Norberg”, no intuito de valerem à sua clientela e “isentar” os seus cães de
displasia coxo-femoral. Debaixo deste clima de suspeição, que a ninguém serve e
que julgamos não ter qualquer fundamento, sem pôr em causa o bom-nome, a
honestidade, o profissionalismo e a competência dos nossos clínicos, antes
querendo comprová-los mais uma vez, aconselhamos, no caso dos Pastores Alemães,
que as radiografias aqui feitas sejam posteriormente enviadas para os
respectivos serviços da “SV” (Verein für Deutsche Schäferhunde), o que de
imediato anulará e para sempre, qualquer suspeita de compadrio ou conluio
caseiro pela certificação internacional obtida, ainda que a nós nos baste, sem qualquer
reticência, a efectuada pela Escola Superior de Medicina Veterinária ou por uma
entidade por ela credenciada e reconhecida. Em tempos de crise é natural que a
suspeição se generalize, particularmente entre nós, ainda mais quando um
inquérito efectuado pela consultora “Ernest & Young” sobre fraude e
corrupção, levado a cabo este este ano, coloca Portugal no 5º lugar dos países
mais corruptos num total de 38, logo a seguir à Croácia, Quénia, Eslovénia e
Sérvia, apesar de também se poder duvidar da veracidade dos dados obtidos.
Estamos crentes que tudo isto não passará, como noutros casos, de um mero “rebeubéu,
pardais ao ninho”.
domingo, 22 de novembro de 2015
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