segunda-feira, 2 de novembro de 2015

MORRER POR TER CÃO!

No Reino da Arábia Saudita, aliada e parceira comercial do Mundo Ocidental, lugar de peregrinação prioritária para qualquer muçulmano que se preze, está em vigor há já alguns anos uma “fátua” (decreto religioso), que condena à pena de morte quem possuir cães dentro de casa ou no jardim, que não sejam destinados à caça e à segurança de pessoas e bens, uma vez que tal prática atenta contra o Corão, por serem estes animais considerados impuros e por isso mesmo indignos de coabitarem com os crentes, segundo explica a “Comissão para a Promoção da Virtude e a Prevenção do Vício”, conhecida como muttawa ou polícia religiosa, a quem cabe fiscalizar e fazer observar esta lei que impede e criminaliza a posse de animais de estimação. Também no Paquistão está em vigor uma lei, lavrada por um imã, que impede o uso de cães-polícias pelas autoridades daquele país e a República Islâmica do Irão não só adoptou o parecer saudita sobre esta matéria, como também proibiu o trânsito de cães nos passeios porque, segundo um teólogo dali: “Indubitavelmente, o cão é um animal imundo. Não só não pode andar no passeio, como nem sequer pode ser mantido dentro dos muros de casa ou do jardim”,  e completando: “As relações amistosas com os cães são uma cega imitação dos costumes ocidentais. Os Ocidentais querem mais aos seus cães do que à sua mulher e filhos”.
No nosso mundo, graças a um Deus que morreu por nós, mais dado ao perdão e à vida do que à vingança e à morte, há muito que se reconhece a importância da terapia canina e se usam cães para valerem aos cidadãos que necessitam deles, mercê de algum tipo de afecção ou deficiência. Agora que estamos a ser sucessivamente invadidos por levas de emigrantes muçulmanos (oxalá os turcos segurem o grosso), é possível que no futuro, caso essa gente seja maioritária nalgum espaço geográfico, os cães-guia venham a ser impedidos de entrar nos táxis e os invisuais se vejam obrigados ou a abandoná-los ou a calcorrear com eles grandes distâncias a pé, provavelmente por locais ermos e por caminhos de pé-de-cabra! Depois de termos ultrapassado a Idade Média, para muitos entendida como “Idade das Trevas” e acabado com ignominiosa inquisição, não necessitamos doutros tribunais eclesiásticos e muito menos de “muttawas” (polícias de costumes). A escolha é muito simples: ou impedimos a “Sharia” ou ela acabará por nos ser imposta. Fartos que nos “enfiem o barrete”, só nos faltava levar agora com a “burka” e como já temos terços para a troca, não necessitamos de nenhum “masbaha”! E se a coisa der para o torto, até as ossadas dos nossos antepassados clamarão por Santiago, aquele que ficou conhecido como “mata-mouros”. Mas antes que isso suceda e ninguém o deseja, convém ensinar aos que chegam que “em Roma há que ser romano”, enquanto a liberdade for o mais querido dos nossos bens.

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