No Reino da Arábia Saudita,
aliada e parceira comercial do Mundo Ocidental, lugar de peregrinação
prioritária para qualquer muçulmano que se preze, está em vigor há já alguns
anos uma “fátua” (decreto religioso), que condena à pena de morte quem possuir
cães dentro de casa ou no jardim, que não sejam destinados à caça e à segurança
de pessoas e bens, uma vez que tal prática atenta contra o Corão, por serem
estes animais considerados impuros e por isso mesmo indignos de coabitarem com
os crentes, segundo explica a “Comissão para a Promoção da Virtude e a
Prevenção do Vício”, conhecida como muttawa ou polícia religiosa, a quem cabe
fiscalizar e fazer observar esta lei que impede e criminaliza a posse de
animais de estimação. Também no Paquistão está em vigor uma lei, lavrada por um
imã, que impede o uso de cães-polícias pelas autoridades daquele país e a
República Islâmica do Irão não só adoptou o parecer saudita sobre esta matéria,
como também proibiu o trânsito de cães nos passeios porque, segundo um teólogo
dali: “Indubitavelmente, o cão é um
animal imundo. Não só não pode andar no passeio, como nem sequer pode ser
mantido dentro dos muros de casa ou do jardim”, e completando: “As relações amistosas com os cães são uma
cega imitação dos costumes ocidentais. Os Ocidentais querem mais aos seus cães
do que à sua mulher e filhos”.
No nosso mundo, graças a um Deus que morreu por nós, mais dado ao perdão
e à vida do que à vingança e à morte, há muito que se reconhece a importância
da terapia canina e se usam cães para valerem aos cidadãos que necessitam deles,
mercê de algum tipo de afecção ou deficiência. Agora que estamos a ser sucessivamente
invadidos por levas de emigrantes muçulmanos (oxalá os turcos segurem o
grosso), é possível que no futuro, caso essa gente seja maioritária nalgum espaço
geográfico, os cães-guia venham a ser impedidos de entrar nos táxis e os
invisuais se vejam obrigados ou a abandoná-los ou a calcorrear com eles grandes
distâncias a pé, provavelmente por locais ermos e por caminhos de pé-de-cabra!
Depois de termos ultrapassado a Idade Média, para muitos entendida como “Idade
das Trevas” e acabado com ignominiosa inquisição, não necessitamos doutros
tribunais eclesiásticos e muito menos de “muttawas” (polícias de costumes). A
escolha é muito simples: ou impedimos a “Sharia” ou ela acabará por nos ser
imposta. Fartos que nos “enfiem o barrete”, só nos faltava levar agora com a “burka”
e como já temos terços para a troca, não necessitamos de nenhum “masbaha”! E se
a coisa der para o torto, até as ossadas dos nossos antepassados clamarão por
Santiago, aquele que ficou conhecido como “mata-mouros”. Mas antes que isso
suceda e ninguém o deseja, convém ensinar aos que chegam que “em Roma há que
ser romano”, enquanto a liberdade for o mais querido dos nossos bens.
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