Os túneis prestam-se a
diferentes utilidades e devem fazer parte da instrução de todos os cães para
além do seu destino, considerando a sua salvaguarda e equilíbrio psíquico. Os
cães familiares encontrem neles subsídios para se abrigarem e protegerem,
vencendo assim a claustrofobia. É impensável destinar um cão à pistagem e
desprezar os túneis, como é irrisório treinar salvamento ou resgate sem o seu
contributo. Se para outras disciplinas cinotécnicas o seu uso é primordial,
para a de guarda ele é indispensável e obrigatório, porque a partir dele iremos
ensinar a ocultação dos guardiões e a sua saída de surpresa, facilitando assim a
futura escolha, adopção e permanência no seu lugar de observação domiciliar,
local onde não são vistos e tudo observam, saindo dali em vantagem pelo avanço
inesperado (os bons guardiões, sem qualquer tipo de ensino, procuram
automaticamente um ponto desses). Enquanto não for visível a alteração do seu comportamento,
os cães bonacheirões, preguiçosos, demasiado mimados e manhosos não deverão ser
convidados para os túneis, a menos que queiramos andar sempre a sacá-los lá de
dentro, porque sentindo-se seguros e cómodos ali, bem depressa se acoitarão lá
para fugir aos donos, gorando desse modo os seus intentos.
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