sábado, 23 de agosto de 2014

A UM PALMO DO SUCESSO!

Brada aos céus o número de pessoas que são rebocadas pelos seus cães diariamente, apesar de nunca ter havido tanta informação sobre eles como agora. Se uns levam os donos a reboque, outros há que os obrigam a andar aos trambolhões, não sendo por isso de estranhar, que esta seja a primeira razão para a procura das escolas caninas. Pegar numa trela tem regras e exige sensibilidade, é algo para além dos instintos e que não dispensa a concentração necessária.
Primeiro há que aprender qual o local exacto para pegar na trela, indicação que nos é dada pelo nosso braço completamente solto e com o cão ao nosso lado, onde chegar a mão, aí estará o sítio certo. A trela carece de ser agarrada com o polegar para cima e não nunca deverá funcionar tensa ou em constante tensão. Quando se inicia a condução à trela de um cão, é de todo conveniente ceder um palmo de trela em relação ao sítio atrás indicado, para que o animal não circule em constante asfixia e justificadamente lute para se soltar.
A mão do condutor deve ir solta, para constatar dos adiantamentos e recuos do cão em relação à sua pessoa e as correcções a haver deverão ser feitas, não para trás ou para fora, mas sempre para o lado direito, porque doutro modo estaremos a instigar o cão para que nos puxe. Num primeiro momento cedemos a trela e depois operamos o ajustamento para o lado que atrás indicámos. Convém associar às correcções um comando inibitório, para que o animal compreenda o que pretendemos dele e mais rapidamente entenda qual o seu lugar na progressão alinhada.
A cada passada do condutor, a mão de condução deve segurar a trela unicamente com os dedos indicador, médio e anelar, mantendo abertos sobre a trela os restantes dedos, para se executar o ajustamento desejável pela rotação do pulso, que deverá acontecer de baixo para cima, do mindinho para o polegar, trabalho que futuramente levará o cão a deixar de se pendurar na trela.
As dificuldades na condução à trela ou resultam do atrelamento tardio e atabalhoado dos cães ou do despreparo dos condutores, que ao invés de circularem descontraídos, transmitem indesejável tensão aos animais. Podem também resultar, e muitas vezes resultam, da ausência de passeios diários ou da sua irregularidade, falhas que atentam ainda contra a sociabilização dos cães. A altura ideal para se colocar uma trela num cachorro é aos 2 meses de idade, quando o filhote insiste em não nos largar e nos obriga a nele tropeçar. Conduzir cães é uma arte que carece de aprimoramento, o que implica em dizer que os donos também necessitam de instrução. Quando se pega na trela de um cão alheio, logo se sabe muito sobre o seu dono ou condutor, se é dado à minúcia ou ao improviso, se é calmo ou por demais nervoso, concentrado ou distraído, porque a actuação do animal espelha as menos ou mais-valias de quem o conduz habitualmente. Ceda trela e opere as correcções, evite estrangular o seu cão e recompense os seus acertos, pois breve andará ao seu lado sem você dar por isso, leve que nem uma pena! 

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