Quando um cão de guarda chega aos seis
anos de idade é altura de pensar na sua substituição, isto se a vigilância
canina nos bastar para a defesa do nosso património e agregado familiar. Considerando
as raças mais comuns usadas para guarda na nossa latitude, sabemos que a
maioria delas entra na meia-idade aos seis anos. Se não se vir apoquentado por
alguma incapacidade, o cão na meia-idade ainda “vai a todas” e irá
constituir-se, mediante exemplo, no melhor dos mestres para aquele que o irá
substituir, porque tolerará as diabruras do cachorro sem maiores dificuldades e
ainda terá disponibilidade para o acompanhar pelos quatro cantos da casa, o que
muito nos ajudará na sua rendição e na capacitação do seu substituto. Havendo
essa possibilidade, na certeza da garantia do serviço, é de todo conveniente
que o cachorro a promover seja descendente daquele que vai render e nasça
dentro do perímetro a guardar. Como nem sempre isso é possível ou desejável,
convém reavaliar o trabalho do cão instalado e se for caso disso, procurar
outro mais indicado para a tarefa, que até pode ser doutra raça, atendendo ao
casamento perfeito entre as características do cão e o particular da
propriedade.
Esta transferência de poderes,
tangível à naturalmente empreendida pelos cães, irá ser gradual e durará dois
anos, altura mais do que suficiente para o surgimento da maturidade emocional
do novato, condição essencial à sua melhor prestação. Por volta dos 8 anos, o
cão mais velho deverá, progressivamente, ser liberto das suas atribuições e ser
convidado para um convívio mais próximo com os donos, já que irá necessitar de
maiores cuidados e atenção.
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