quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A HORA DE MANDAR VIR OUTRO


Quando um cão de guarda chega aos seis anos de idade é altura de pensar na sua substituição, isto se a vigilância canina nos bastar para a defesa do nosso património e agregado familiar. Considerando as raças mais comuns usadas para guarda na nossa latitude, sabemos que a maioria delas entra na meia-idade aos seis anos. Se não se vir apoquentado por alguma incapacidade, o cão na meia-idade ainda “vai a todas” e irá constituir-se, mediante exemplo, no melhor dos mestres para aquele que o irá substituir, porque tolerará as diabruras do cachorro sem maiores dificuldades e ainda terá disponibilidade para o acompanhar pelos quatro cantos da casa, o que muito nos ajudará na sua rendição e na capacitação do seu substituto. Havendo essa possibilidade, na certeza da garantia do serviço, é de todo conveniente que o cachorro a promover seja descendente daquele que vai render e nasça dentro do perímetro a guardar. Como nem sempre isso é possível ou desejável, convém reavaliar o trabalho do cão instalado e se for caso disso, procurar outro mais indicado para a tarefa, que até pode ser doutra raça, atendendo ao casamento perfeito entre as características do cão e o particular da propriedade.
 
Esta transferência de poderes, tangível à naturalmente empreendida pelos cães, irá ser gradual e durará dois anos, altura mais do que suficiente para o surgimento da maturidade emocional do novato, condição essencial à sua melhor prestação. Por volta dos 8 anos, o cão mais velho deverá, progressivamente, ser liberto das suas atribuições e ser convidado para um convívio mais próximo com os donos, já que irá necessitar de maiores cuidados e atenção. 

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