terça-feira, 30 de outubro de 2012

ERRO DE CÁLCULO: “SUSHI” A ANDAR!


Lá para as bandas do Algarve, há séculos sem minaretes e coberto de chaminés que os evocam, habita um Cão de Pastor Alemão chamada Sushi, um indivíduo jovem, alegre, impetuoso, saltitão e cheio de vida. A sua dona adquiriu-o para substituir uma finada mestiça (morreu com 14 anos) que ainda guarda no coração, um animal outrora dócil, meigo e nada dado a explosões - a antítese perfeita do Sushi. Nas palavras da sua dona, e rosário de penas é coisa que lhe não falta, o cachorro de 11 meses excita-se na hora de ir para a rua e “ataca” a trela, para além de tentar destruir o sofá lá de casa. E como não há duas sem três, recentemente, quando a dona passeava calmamente na praia com uma holandesa, vindo duma corrida “furiosa”, o Sushi derrubou “brutalmente” as duas, “carregou à carga sobre nós”, segundo a narração da sua proprietária, que adianta ainda: “ Este incidente brutal, abala o que julgava eterno, a amizade entre o cachorro e o seu tratador. Sinto um profundo desapontamento pelo companheirismo e afecto que esperava do Sushi. Procuro um novo dono(a) para ele, será que sabe de alguém?”. A “desafortunada” Senhora já havia pensado na castração do cão antes do ocorrido, mas parece agora mais inclinada para o seu descarte, porque problemas ninguém quer e educar o cão tem os seus custos.
Desde logo oferecemos os nossos préstimos à dona indignada, adiantando-lhe que o problema do Sushi é de simples resolução, que bastavam duas lições (à dona) para operar a sua supressão, que podia alcançar esse benefício gratuitamente e que estávamos, e continuamos a estar, à sua inteira disposição. Não obstante, se entretanto não for capado, parece-nos que o Sushi vai mudar de mãos, fazendo jus à cantilena “Joaninha voa, voa que o teu pai foi para Lisboa”. A dona do Sushi errou ao pensar que existem dois cães iguais, que o comportamento dos machos é igual ao das fémeas, que os cães desnecessitam de regras desde de tenra idade e que dentro duma raça o comportamento de todos os indivíduos é o mesmo. E continua a errar se pensa que o cão ao sair não vai sentir em demasia a sua falta, a troca de hábitos e a novidade teritorial, além de que, havendo algum problema, possa acabar violentado, abandonado ou abatido. Gostaríamos de evitar tudo isto, mas não podemos obrigar as pessoas. Felicidades Sushi!

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