Neste
último Domingo fomos surpreendidos com um Pastor Alemão grande e robusto (70cm
de altura e 45kg de peso), adulto, preto-afogueado e instalado num quintal. O
dono procurou-nos porque o cão apresentava sérios problemas de sociabilização
com os outros cães. De imediato propusemo-nos à resolução do problema e convidámos
o Márcio Duarte (que prontamente se ofereceu) para o conduzir dentro da classe
escolar em excursão, não sem antes ataviarmos o animal da trela e estrangulador
inerentes à tarefa. Ao fim da 3ª volta no Círculo de Instrução, o animal
sossegou e deixou de afrontar e provocar os outros cães, resistindo no entanto
ao comando de “junto” de modo deliberado e ameaçador. Perante isto, temendo por
si e ajudado pela sua inexperiência, o Márcio começou a afastar o cão da perna
e a subir a mão na trela, exactamente como faria nas ajudas para a transposição
de um obstáculo vertical a efectuar por um cão, perfazendo com a trela e o
braço um ângulo recto, o que facilitou a tentativa de ataque por parte do
animal, que em vão saltou para o homem e não lhe causou dano algum, felizmente.
O bicho sempre procurava “caçar” a mão direita do condutor, apesar da esquerda
lhe ser mais próxima, facto que provocou alguma estranheza nos restantes
condutores em exercício. Acontece que o cão se encontra alojado num quintal e
ao alcance de todo e qualquer transeunte, uma vez que o muro da propriedade é
baixo e todos lhe estendem a mão, uns acariciam-no e outros, ainda que em menor
número, provocam-no e dão-lhe murraças. Como é sabido, a esmagadora maioria das
pessoas é destra, inclusive aqueles que se comportam pior do que os animais.
Com o mistério desfeito entende-se a razão do cão.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
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