“Em tempo
de guerra não se limpam armas”. Este aforismo serve perfeitamente como
introdução ao assunto que aqui vamos tratar de modo sucinto: o destino dado aos
cães com doenças de origem genética e sem cura à vista, particularmente neste
tempo de profunda recessão económica, onde o Eutasil não deixa de ser requisitado
amiúde. A sobrevivência das famílias, sujeitas ao exíguo orçamento doméstico,
tem levado ao abate precoce de muitos cães, que arredados dos tratamentos e
sujeitos à injecção letal, vêem assim encurtados os seus dias,
independentemente da sua idade, grau de incapacidade, tipo de prestação, modo
de parceria ou valor sentimental, porque o dinheiro está caro e cães há muitos!
E como se isto não bastasse, ainda há quem mande abater cães por considerar que
uma intervenção cirúrgica é um luxo fora do seu alcance, daí não espantar que
em certas zonas do País seja maior o número de abates do que o montante das
intervenções cirúrgicas realizadas. Pode ser, se esta crise entretanto demorar
a passar, que mandemos os chineses de volta e passemos nós a comer cão. E se
nalguns casos tal ainda não aconteceu, talvez isso tenha ficado a dever-se à
desconfiança oriunda da falta de hábito! Ironia à parte, a sorte dos cães menos
saudáveis não se prefigura risonha e a sua sentença parece tirada do desfolhar
de um malmaquer: “ mal me quer, bem me quer…”, e logo se verá qual o veredicto!
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário