O medo
pelos cães não se esgota no cidadão comum, estende-se também pela cinotécnica
adentro e vem invadindo muitos treinadores e monitores como sempre invadiu,
porque todos somos vítimas do mesmo espectro e temos naturalmente cautelas
perante o desconhecido. O que induz à perca do medo e evita os perigos do
excesso de confiança é a antevisão das acções caninas que nos é dada pela
experiência. Mas mesmo assim há que estar atento, porque o mais pequeno dos
pormenores pode gerar uma grande surpresa, e perante ela todos somos mais ou
menos vulneráveis. Diante de cães potencialmente perigosos, daqueles que nem os
donos respeitam, devem os novos adestradores solicitar a colocação do açaime
nos animais ou proceder eles mesmos a essa colocação, debaixo de todas as
cautelas, valendo-se para isso, quanto tal se justificar, da ajuda de
terceiros. O que faz uma tropa eficaz não é a loucura dos seus soldados, mas
sim o treino que os robusteceu e melhor preparou em relação aos demais, através
dos riscos calculados, pelo apego aos procedimentos, pela recriação do teatro
operacional e pelo conhecimento do inimigo, já que a valentia gratuita é
geralmente paga a título póstumo e pode levar outros consigo.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
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