A frase
não é nossa mas de um ex-aluno da escola, um cidadão francês que durante anos
esteve ligado à indústria petrolífera e que andou por várias partes do globo,
invariavelmente pelo mundo árabe. Uma vez radicado em Portugal, com dinheiro
para investir e com a cabeça cheia de projectos, decidiu constituir sociedade
com outros indivíduos (nacionais e estrangeiros) com igual capital e idêntica
ambição. Entre os sócios escolhidos havia um alemão, um sujeito grave e sério que
abominava o mundo latino, apesar de aqui residir há várias décadas. Naquela
postura típica de savoir faire, o francês convidava amiúde o teutónico para sua
casa, onde o regalava com tudo do bom e do melhor, coisa que não acontecia
quanto era o alemão a convidá-lo, onde a retórica era muita e somente acompanhada
por umas míseras salsichas. Quase sem dar por isso, o enfant de la Patrie viu a
sua vida enfernizada pelas visitas do sócio, que apesar de ser convidado, não
se coibia de estabelecer regras dentro da sua casa. Indignado e disposto a
inverter a situação, o francês decidiu impor regras ao alemão e dali em diante
cessaram os abusos, lição que resumia na frase: “se tiver um amigo alemão,
estabeleça-lhe regras antes que ele as estabeleça a si”. Com os cães passa-se
exactamente a mesma coisa, ou estabelecemos-lhes regras ou vivemos segundo as
deles, o que infelizmente é uma insanidade muito comum nos dias que correm,
onde a liderança humana se submete à desobediência canina e vem causando
tremendos disparates. À parte disto ou como complemento, adianta-se que as
distintas raças caninas acabam por espelhar os mesmos defeitos e virtudes do
povo que as criou, acabando por massificar os sonhos dos seus criadores. Por
isso é fácil educar um cão de origem alemã, que é normalmente de “esquerdo,
direito”, sendo muito difícil fazer má figura com um Pastor Alemão ou
Rottweiler (há quem lhes chame estupidamente obedientes). O importante é
guardar a lição: há que estabelecer regras!
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