Apesar da
pequena criminalidade ter aumentado em Portugal no último ano, nem por isso a
procura de cães de guarda aumentou, mantendo-se em valores abaixo aos
encontrados em 2008, o que à partida não deixa de causar alguma estranheza. No
entanto, analisando o problema ao pormenor, os furtos e roubos perpetrados aconteceram onde a eficácia canina é pouco objectiva e impossível de actuar.
Estamos a falar de roubos de carteiras e telemóveis em restaurantes, nos
transportes colectivos e na via pública, dos bem conhecidos roubos por esticão
e de um número infindo de burlas. O grande apogeu do cão de guarda aconteceu na
década de 90, altura em que se treinava essa disciplina quase em exclusivo e
afincadamente, como se houvesse um ladrão para cada cidadão exemplar, o que
nunca foi o caso - valha-nos Deus! Em Terras Lusas, o aumento ou diminuição da
procura por cães de guarda nunca resultou da evolução ou decréscimo dos índices
de criminalidade, mas sim do maior ou menor poder de compra da classe média,
hoje vítima dum empobrecimento nunca visto ou sentido, o que tem vindo a
relegar os cães para depois e invariavelmente para nunca mais - para a Neverland! Estamos em crer, oxalá que
não, que os nossos irmãos brasileiros irão sofrer (não já, mas daqui a um
tempinho, se calhar depois do Mundial) de idêntica recessão, porque tudo o que
acontece na Europa acaba por ecoar mais tarde nas Américas. A solução que os
canicultores aqui encontraram passou pela diminuição das despesas e efectivos,
pela interrupção das ninhadas de até então e pela produção de cães miniatura,
daqueles que comem diariamente entre 90 e 200g de ração, que levam a um débito
diário nunca superior a 52 cêntimos ou que se contentam com as sobras lá de
casa, o que é do agrado tanto dos criadores quanto dos futuros proprietários.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
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