Entendemos as prestações caninas anómalas como efeitos da prestação deficitária dos seus condutores, segundo a clássica relação causa-efeito, porque os cães são pouco instintivos e profundamente sujeitos ao seu viver social, comportando-se pela experiência anterior e sempre reflectindo as marcas do seu grupo. É evidente que eles nascem diferentes, que uns têm alguns impulsos herdados mais desenvolvidos do que outros e que subsistem diferentes temperamentos e propensões. Mas mesmo assim, porque o cão é um caso raro de indução bem sucedida, muito coisa pode ser disfarçada, atenuada ou transformada. Atribuímos o nome de “efeito campainha” ao fenómeno que leva o cão a evoluir com a cabeça nivelada pelo dorso, como se nela carregasse uma pesada guizeira, postura de difícil eliminação que resulta duma condução descuidada e imprópria, responsável muitas vezes pelo cumprimento tardio das ordens e pelo surgimento de inúmeros acidentes, lesivos pró cão, para o dono e para terceiros, porque a postura atenta contra a unidade binomial e entrega o animal ao seu próprio juízo.
São várias as razões ambientais que levam ao aparecimento deste “efeito” e a genética dos indivíduos pode apropriar-se facilmente de algumas delas, reforçando-as e obstando à sua eliminação. As causas mais frequentes são: a ausência de vínculos afectivos binomiais, o atrelamento esporádico, tardio ou apressado, a ausência de disponibilidade dos donos (física, anímica e cognitiva), a sua opção pelo improviso e o desconhecimento relativo aos animais que transportam pela trela. Como a segura condução em liberdade sempre dependerá de um bom trabalho à trela, o “efeito” deverá ser combatido imediatamente após a sua apresentação, para que não se torne irreversível e se reverta numa tremenda menos valia. Tudo temos feito para que nunca aconteça, mas torna-se mais fácil educar cães do que pessoas, porque qualquer requisito técnico humano deve constituir-se em estímulo para o cão e isso nem sempre transparece.
Para que não restem dúvidas e o entendimento geral aconteça, nunca se deve conduzir um cão em constante travamento, com a mão de condução a exercer a sua força para trás, coisa fácil de acontecer quando o condutor não aguenta a marcha do cão e intenta conduzi-lo a passo ou condicioná-lo ao passo de andadura. Só os cães velhos ou estafados optam naturalmente pelo passo em detrimento da marcha. Para que a marcha canina aconteça de modo solto e cadenciado é necessário que a cada passada o condutor puxe o cão para o seu joelho esquerdo, aliviando-lhe assim a frente e possibilitando-lhe o libertar da traseira. O convite para o “junto” deverá ser tanto ou mais veemente quanto a resistência encontrada. O “efeito campainha” sempre resulta de duas coisas que podem ser combinadas ou não: do mau uso da mão de condução e do despreza pela cadência de marcha. Os cães sujeitos a estas “terapias” respondem com a postura que aqui condenamos, ainda que pela impropriedade da indução
As implicações do “efeito” são de vária ordem, pois condenam a obediência, põem em perigo a saúde dos animais e comprometem o seu desenvolvimento atlético e cognitivo. Sem o cão a olhar para o dono toda a obediência sai comprometida e condenada ao logro, devido ao atraso no cumprimento das ordens e à ausência de celeridade entre os automatismos., porque o cão apesar de presente faz-se ausente e ensurdece-se prós comandos. Esta postura canina coloca em risco a saúde dos animais que a adoptarem, porque induz ao selamento do dorso, aumenta a frequência dos seus ritmos vitais, sobrecarrega as suas articulações traseiras (também por causa disto se diz que a displasia é uma afecção multifactorial) e obriga à divergência de mãos, deslocando-se os animais com a cernelha abaixo da linha da garupa. Diz-se que a evidência do “efeito” compromete o desenvolvimento atlético e cognitivo dos cães seus portadores, o que é verdade e pode ser extensível a qualquer disciplina cinotécnica clássica, porque os animais não musculam para a função, evoluem precariamente e resistem à novidade dos desafios, tornando-se imprevisíveis e de difícil controlo. Um cão com estas características não deve ser convidado para os obstáculos porque carece de conserto e porque ao ser surpreendido por eles, reduzirá a velocidade por não ver a sua linha de transposição, o que o obrigará a saltos de recurso e a um sem número de pancadas, colocando dessa forma a sua integridade em risco e aumentando justificadamente a sua resistência contra a prática desportiva.
O ensino sobre obstáculos pressupõe o concurso da obediência e sempre esperará dela o estímulo e o desenvolvimento muscular, enquanto parte do apetrechamento próprio e indispensável, porque quem não controla e desenvolve a marcha, dificilmente conseguirá despoletar e gerir o galope do cão, imprimir a velocidade certa, suscitar as mudanças de velocidade necessárias ou fazer respeitar a curvatura natural dos saltos. Primeiro há que formar a equipa e só depois se partirá para os desafios. Partir na incerteza do sucesso é um tômbola que pode condenar os cães ao azar, sorte que não desejamos para os nossos. O “efeito campainha” tem a sua causa na impropriedade dos condutores, gente que faz mote da persuasão e resiste à mudança, que espera o que não semeia e induz os cães à suspeita, já que eles também têm instinto de sobrevivência.
São várias as razões ambientais que levam ao aparecimento deste “efeito” e a genética dos indivíduos pode apropriar-se facilmente de algumas delas, reforçando-as e obstando à sua eliminação. As causas mais frequentes são: a ausência de vínculos afectivos binomiais, o atrelamento esporádico, tardio ou apressado, a ausência de disponibilidade dos donos (física, anímica e cognitiva), a sua opção pelo improviso e o desconhecimento relativo aos animais que transportam pela trela. Como a segura condução em liberdade sempre dependerá de um bom trabalho à trela, o “efeito” deverá ser combatido imediatamente após a sua apresentação, para que não se torne irreversível e se reverta numa tremenda menos valia. Tudo temos feito para que nunca aconteça, mas torna-se mais fácil educar cães do que pessoas, porque qualquer requisito técnico humano deve constituir-se em estímulo para o cão e isso nem sempre transparece.
Para que não restem dúvidas e o entendimento geral aconteça, nunca se deve conduzir um cão em constante travamento, com a mão de condução a exercer a sua força para trás, coisa fácil de acontecer quando o condutor não aguenta a marcha do cão e intenta conduzi-lo a passo ou condicioná-lo ao passo de andadura. Só os cães velhos ou estafados optam naturalmente pelo passo em detrimento da marcha. Para que a marcha canina aconteça de modo solto e cadenciado é necessário que a cada passada o condutor puxe o cão para o seu joelho esquerdo, aliviando-lhe assim a frente e possibilitando-lhe o libertar da traseira. O convite para o “junto” deverá ser tanto ou mais veemente quanto a resistência encontrada. O “efeito campainha” sempre resulta de duas coisas que podem ser combinadas ou não: do mau uso da mão de condução e do despreza pela cadência de marcha. Os cães sujeitos a estas “terapias” respondem com a postura que aqui condenamos, ainda que pela impropriedade da indução
As implicações do “efeito” são de vária ordem, pois condenam a obediência, põem em perigo a saúde dos animais e comprometem o seu desenvolvimento atlético e cognitivo. Sem o cão a olhar para o dono toda a obediência sai comprometida e condenada ao logro, devido ao atraso no cumprimento das ordens e à ausência de celeridade entre os automatismos., porque o cão apesar de presente faz-se ausente e ensurdece-se prós comandos. Esta postura canina coloca em risco a saúde dos animais que a adoptarem, porque induz ao selamento do dorso, aumenta a frequência dos seus ritmos vitais, sobrecarrega as suas articulações traseiras (também por causa disto se diz que a displasia é uma afecção multifactorial) e obriga à divergência de mãos, deslocando-se os animais com a cernelha abaixo da linha da garupa. Diz-se que a evidência do “efeito” compromete o desenvolvimento atlético e cognitivo dos cães seus portadores, o que é verdade e pode ser extensível a qualquer disciplina cinotécnica clássica, porque os animais não musculam para a função, evoluem precariamente e resistem à novidade dos desafios, tornando-se imprevisíveis e de difícil controlo. Um cão com estas características não deve ser convidado para os obstáculos porque carece de conserto e porque ao ser surpreendido por eles, reduzirá a velocidade por não ver a sua linha de transposição, o que o obrigará a saltos de recurso e a um sem número de pancadas, colocando dessa forma a sua integridade em risco e aumentando justificadamente a sua resistência contra a prática desportiva.
O ensino sobre obstáculos pressupõe o concurso da obediência e sempre esperará dela o estímulo e o desenvolvimento muscular, enquanto parte do apetrechamento próprio e indispensável, porque quem não controla e desenvolve a marcha, dificilmente conseguirá despoletar e gerir o galope do cão, imprimir a velocidade certa, suscitar as mudanças de velocidade necessárias ou fazer respeitar a curvatura natural dos saltos. Primeiro há que formar a equipa e só depois se partirá para os desafios. Partir na incerteza do sucesso é um tômbola que pode condenar os cães ao azar, sorte que não desejamos para os nossos. O “efeito campainha” tem a sua causa na impropriedade dos condutores, gente que faz mote da persuasão e resiste à mudança, que espera o que não semeia e induz os cães à suspeita, já que eles também têm instinto de sobrevivência.
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