Uma
das nossas maiores preocupações nas saídas para o exterior é encontrar espaços
que garantam o bem-estar e a permanência das famílias junto aos seus cães,
ambiente que é simultaneamente aprazível para os condutores e para os conduzidos,
os primeiros porque contam a presença e apoio das suas famílias e os últimos porque
sentem por perto o agregado familiar que os adoptou, o que lhes aumenta
confiança e diminui a estranheza. Para além destes aspectos, como sempre acontece,
a presença do outro cônjuge e de outros membros do agregado familiar dos
condutores acaba por facilitar-lhes o ensino dos animais, recriando no ambiente
doméstico as condições complementares e adjacentes ao adestramento propriamente
dito – todos remam para o mesmo lado! Assim, nos momentos de supercompensação,
cães, condutores e restante família formam pequenos e distintos agrupamentos
sociais. Na foto acima vemos a Joana, o André e o cachorro CPA Marquês, ontem
pela primeira vez com as orelhas de pé. Na foto abaixo, com a boa disposição
que a caracteriza, vemos a Silvana (2 em 1), o CPA Bock (entretido a escavar) e o Lucas.
Do mesmo modo que a escolha de um cão é uma opção familiar e não individual, também o treino canino deverá congregar as famílias para as actividades fornecidas pelo adestramento em diferentes locais e ecossistemas, variação que muito contribuirá para a superior adaptação dos cães, para a supressão dos seus medos e por inerência para o robustecimento do seu carácter. Adestrar não deverá ser um acto isolado de um indivíduo, mas um compromisso familiar apostado na sobrevivência dos cães, no seu bem-estar e na sua desejável aceitação na sociedade.
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