Tendo
a morfopsicologia como pano de fundo, ferramenta que auxilia na identificação
dos comportamentos, vou tentar identificar o que ia na cabeça dos cães que
ontem se fizeram presentes na classe de instrução. Convém dizer que por força
do convívio com os humanos, seres que fazem a identificação preferencialmente
com os olhos, os cães tendem a imitá-los, transferindo a identificação do
olfacto para a visão, pelo que se torna mais fácil entender as suas aspirações,
porque onde estiverem os seus olhos aí estarão também o seus interesses. Para o
acerto das emoções detectadas muito contribuiu a linguagem das suas orelhas e o
conhecimento prévio dos animais nas mais variadas situações, que serão aqui
resumidas num só adjectivo. Assim, na foto acima, temos o Schnauzer Tommy – O EXPECTANTE – e na foto seguinte – O CÉPTICO – aqui interpretado pelo Ouki, o Akita Inu.
Seguidamente
temos a cachorra CPA negra Gaia, mais conhecida por “Bela Vista”, animal
vigoroso e irrequieto, daqueles de quem se diz “partirem a loiça toda”. Com a
ajuda deste esclarecimento, é fácil interpretar o estado de espírito que
atravessava naquele momento, sendo a “CONTRARIADA”.
Terminamos
com a foto do Oliver, o nosso Cão de Água Português, um camarada sui generis,
tendencialmente irreverente e resiliente, pródigo em atitudes dissimuladas e um
chantagista emocional inveterado. A câmera captou-o num dos seus momentos mais
comuns, quando “pensa” em aprontar, pelo que pode ser identificado como – O ARDILOSO.
Graças à compreensão da mímica dos animais, o adestradores mais atentos e experimentados conseguem antever reacções e comportamentos individuais, conhecimento tantas vezes entendido como extra-sensorial, quando na verdade resulta da cuidada observação visual. Participaram nos trabalhos de ontem os seguintes binómios: Ana Paula/Tommy; Carlo/Tsuki; Carlos/Oliver; Jorge/Gaia; Paulo/Bohr e Yasmine/Ouki.
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