Por vezes, de quem menos se espera, há quem nos queira confundir ou banalizar como artistas de circo, apelidando alguns dos nossos exercícios como simples palhaçadas. Apesar da exclamação pejorativa que nos é alheia, pedimos de imediato desculpa ao circo e aos palhaços, a quem muito admiramos o esforço e árduo trabalho. E como a imaginação é coisa fértil e a língua não tem travão, importa esclarecer uns e evitar a generalização de outros, não por causa destes mas a favor dos ingénuos a quem podem enganar. Quando tal é possível e nem sempre é, constituímos alguns obstáculos humanos e convidamos os cães para os transpor, reproduzindo os diferentes grupos dos escolares tradicionais. A nossa opção prende-se com 3 razões principais, a saber: levar de vencida o temor das pessoas pelos cães, vencer o medo dos cães pelas pessoas e rentabilizar a interacção entre homens e cães. Somadas as 3 razões, encontra aqui a sociabilização lugar, porque os cidadãos não são alvos a abater e a maioria gosta de cães, muito embora as feras sejam, inequivocamente, uma das atracções principais dum circo. Graças ao concurso dos obstáculos humanos, temos conseguido nas exibições sensibilizar adultos e convidar as crianças à participação, libertando-nos assim do possível atraso do camião dos obstáculos. Entendemos as exibições como uma mostra e não como um distrito de recrutamento, porque apenas pretendemos ressalvar a mais-valia canina e a sua excepcional adaptação. Thrillers para nós, só no cinema ou na televisão, quando muito à beira mar a ler um livro do género, porque privilegiamos a coabitação e ela infelizmente já é causa de espanto que baste.
quarta-feira, 31 de março de 2010
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