A
região italiana da Úmbria lidera aluta contra o envenenamento dos animais,
graças a uma nova força-tarefa operacional (altamente qualificada e com
unidades caninas disponíveis), chamada a combater o grave e generalizado
fenómeno dos pedaços de iscas envenenados, que têm causado a morte de animais
domésticos e selvagens e que representam um grave perigo para a saúde humana e
para o meio ambiente.
O projecto
foi apresentado no passado dia 25 no Palazzo Donini em Perugia, capital da
região de Úmbria, uma iniciativa promovida pela Secretaria Regional do Meio
Ambiente e proposta pelo Enpa, Órgão Nacional de Proteção Animal, para além de
contar com a colaboração e o apoio de outras entidades nacionais e regionais
empenhadas na sua implementação.
Os
mentores deste projecto pioneiro em Itália esperam que ele se estenda a todo o
país, que abra expectativas de esperança e que seja um exemplo para toda a
Itália. O projecto contará com um sistema de informação que permite a gestão de
casos de suspeita de intoxicação a nível regional, com a criação de uma base de
dados partilhada com todas as autoridades envolvidas.
O Dr.
Massimo Floris, director de saúde do refúgio Oasi Parco dell'Enpa em Perugia,
disse que espera ter 10 binómios treinados na procura de iscas venenosas dentro
de 6 meses, mediante aulas teóricas e práticas. Para as primeiras já foram
contactados professores nacionais e internacionais, especialistas em pesquisa
de explosivos e especialistas da polícia estadual, enquanto os cães serão
treinados no terreno.
Os objectivos gerais desta força-tarefa são as inspecções aleatórias com base em relatórios e a recuperação de parques e jardins públicos para reduzir o número de mortes directas e indirectas de animais, sendo fundamental a coordenação entre as diferentes entidades envolvidas para combater o fenómeno, assim como para identificar e punir os culpados. Por certo estes cães “caça-venenos” irão poupar a vida a muitos animais domésticos e selvagens, mormente a cães, ajudando ao mesmo tempo na identificação e detenção dos que pretendem envenená-los. Uma força-tarefa destas faz muita falta em Portugal, particularmente nos meses de verão e de actividade cinegética, nas zonas turísticas, balneares e de turismo rural, assim como em parques e jardins, onde por vezes aparece alguém disposto a matar cães recém-chegados por se sentir incomodado.
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