É
do conhecimento geral que os amorosos Cães de Água Portugueses, a quem não é
reconhecida qualquer evidência de agressividade, sendo por isso mesmo excelentes
cães familiares, próprios para acompanhar crianças e até bebés, têm tanto de dóceis
como de teimosos, preferindo andar a rumo próprio do que ao mando de alguém, muito
embora sigam os donos por toda à parte e deles não se afastem demasiado, ainda
que a seu gosto e não debaixo de ordem. Como não são clássicos cães de trabalho,
não se interessam por competições, detestam pressões, exercícios repetitivos e
alimentar inimizades, tudo fazem para não fazer nada, inclusive chantagear despudoradamente
os donos, fazendo-se cansados, doentes, acometidos de doença subida e carentes
de cuidados, quando convidados para algo que não é do seu agrado. Assim é
também o Oliver, sendo dúvida um excelente representante da raça, um Cão de
Água Português que nos foi confiado para corrigir morfologicamente, robustecer
e ensinar.
Uma vez despistadas as doenças mais comuns que o afectam, sendo a displasia coxo-femoral uma delas, a maior anomalia morfológica que afecta o Cão de Água português é o dorso selado, por norma resultante da divergência dos membros anteriores e de uma garupa demasiado alta, problema que importa minorar ou resolver antes do treino propriamente dito, o que implica em não consentir que estes animais se tornem côncavos, o que a acontecer atentaria contra a sua saúde, desempenho e longevidade. Neste momento, o Oliver - o nosso “bom malandro” – já corrigiu os anteriores, eliminou o jarrete de vaca e já está a nivelar o dorso, melhorias morfológicas que estão a fazer dele um verdadeiro atleta e um cão vigoroso, portador de uma biomecânica solta e saltitante, factores que somados estão a aumentar a sua disponibilidade. As fotos deste texto reportam-se ao trabalho de ontem na cidade, onde venceu todos os obstáculos colocados na sua frente, tendo como companheiro de classe o binómio Débora/Kiko.
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