Foi
a Acendura Brava que introduziu no País o “MÉTODO
DA PRECOCIDADE” preconizado por TRUMLER,
aquele que defendia o treino dos cães na IDADE
DA CÓPIA, logo aos 4 meses de idade, como a melhor resposta para
os possíveis problemas morfológicos e de carácter dos cachorros, aproveitando-se
da plasticidade anatómica anterior à sua maturidade sexual e da natural
aprendizagem da sua vida social (hierarquia). Quando o fizemos, causámos
espanto aos demais, que por ignorância nos alcunharam de “mata-cães” e nos acusaram
de ancestral e hereditária usura. Não obstante, um após outro, todos os nossos
concorrentes passaram a aceitar cachorros aos 4 meses de idade, mesmo sem
querer porquê, porque 4 meses de mensalidade a mais, era razão mais do que
suficiente, já que ao tempo os cachorros só eram aceites para treinar aos 8 meses
de idade e por vezes até mais tarde, aos 12 meses.
Assim,
o 1º CICLO ESCOLAR
acontece dos 4
AOS 6 MESES DE IDADE dos cachorros, período pedagógico em que a
primazia é dada à ginástica visando tanto a sua correcção morfológica como a
melhoria dos seus aprumos através de exercícios e aparelhos correctores.
Estamos a falar das seguintes menos valias funcionais: Progressão
de cabeça abatida evidenciando medo e desilusão; dorso selado; garupa demasiado
elevada; peito estreito; invertido; descodilhamento em marcha; abatimento de
metacarpos; mãos atiradas para fora; dedos abertos (pé-chato) e JARRETE
DE VACA
(quando
os cachorros encostam os curvilhões ao invés de os terem direitos de cima
abaixo, conforme se pode ver em todas as fotos que ilustram este textos).
Mesmo
que o JARRETE DE VACA
de um cão seja de origem hereditária, e muitas vezes é (os seus portadores nunca
deverão ser recomendados para reprodutores, porque a anomalia é um incapacidade
grave e um obstáculo sério à desejável biomecânica canina) ela pode ser
francamente atenuada e até eliminada caso resulte de uma ou mais razões
ambientais. Se isso não acontecer antes dos 7 meses de idade dos cachorros,
será praticamente impossível que venha a suceder, o que virá a atentar contra a
qualidade de vida dos animais, contra a sua saúde, seu bem-estar e longevidade.
Quando um cão chega à idade adulta com jarrete de vaca, contrariamente à sua
família, estamos perante um 1º Ciclo Escolar desprezado, o que é um verdadeiro
crime contra o animal.
Infelizmente
tenho observado que são cada vez mais os cães adultos que apresentam jarrete de
vaca por desrespeito ou descuido dos seus treinadores, que entregues às suas
patologias ou vitimados pela sua ignorância, acabam por não cumprir a sua
obrigação ao jogá-la para trás das costas, enquanto deixam apodrecer os
aparelhos que tão grande ajuda lhes poderiam dar, a eles e aos cães. Está mais
do que na hora de deixar brincar aos cãezinhos e às seitas, urge valer aos
animais, restituir-lhes a força e a saúde indispensáveis a uma vida feliz.
PS: Quem pactua com o Jarrete de vaca não pode reclamar para si o legado da Acendura Brava, que persiste em servir e resolver problemas, não para perpetuá-los ou fazer deles vista grossa. Treinador que não sabe atenuar ou resolver este problema, a si mesmo passa um certificado de incompetência. Nisto os donos são também culpados, porque ao invés de “seguirem iluminados”, deveriam informar-se correctamente sobre a natureza e solução do problema.
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