Ao contrário do que diz o provérbio popular: “quem
nasce torto, tarde ou nunca se endireita”, ao referir-se ao particular da
personalidade de determinados indivíduos ou a uma empresa mal estruturada, os
cães que nascem tortos por anomalias genéticas conseguem endireitar-se pelos
avanços da ciência. Tal foi o caso do Quasimodo, que por alguma semelhança com
a personagem central do livro “Notre-Dame de Paris” da autoria do francês
Victor Hugo, granjeou esse nome. Este pequeno cão nasceu com defeito nos
pulsos, conforme se pode ver na foto acima, o que o impedia de caminhar
normalmente e que resultou no seu abandono, sendo descarregado dum camião, em
plena via pública, no Verão do ano passado (o episódio aconteceu nos Estados
Unidos).
Afortunadamente, porque para tudo é preciso ter
sorte, acabou por ser resgatado por uma família que o adoptou, vindo mais tarde
a ser sujeito a várias cirurgias, suportadas por donativos alheios, no Ohio
State University Veterinary Medical Centre, para que pudesse andar como os
outros cães, desejo que se confirmou pelo sucesso das cirurgias. Depois de
operado e convidado para andar, mostrou-se a princípio receoso e nervoso mas
estimulado pelos sentidos e pela curiosidade do mundo à sua volta, lá lhe tomou
o jeito e ousou dar os primeiros passos como qualquer cão. Agora que caminha
como os outros, não seria altura de lhe trocarem o nome? Por certo haverá muita
gente grata aos cães, tanta que as manifestações de solidariedade relativas a
estes animais não param de aumentar. Aconteceu nos Estados Unidos, dificilmente
aconteceria aqui… ou talvez não.
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