A frase é de Almeida Garrett, o pai do teatro português, não é nossa. De
tempos a tempos volta à baila, não perdeu actualidade e espelha os benefícios para
quem respeita os paradigmas, seguindo as máximas “faz como vires fazer” e “em
Roma sê romano”, numa relação cínica e tantas vezes idiota que desconsidera a
verdade e inflaciona o valor dos indivíduos, como se o acerto fosse impossível
e o mundo não fosse feito de mudança.
As actuais raças caninas encontram-se estagnadas e enfermas, já não têm
mais para dar. Não obstante, sobram por toda a parte títulos de campeões e
exaltam-se genealogias na canicultura, como se a excelência fosse devedora da
aberração, as menos valias sustentassem a erudição e a ortodoxia das selecções
não houvesse resultado da diferença na procura da qualidade. Espera-se dos
canicultores mais jovens que vão para além do politicamente correcto, que ousem
corrigir as actuais políticas de selecção, devolvendo aos cães a saúde e
aptidão que num século lhes roubámos.
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