sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

DIE “GROSSE FUGE” UND DIE ZUKUNFT DER HUNDE

Ao que consta, Ludwig Van Beethoven não era apaixonado por cães, vivia para a música e entendi-a como a própria linguagem de Deus, que se manifestava tanto nas notas como nos seus espaços, nos sons e nos silêncios, mediante emoções perceptíveis aos homens. Quando escreveu a sua “Große Fuge”, já praticamente surdo, pretendia estabelecer uma ponte entre o passado e o futuro da música, obra que foi incompreendida pelos seus contemporâneos, mas que mais tarde viria a surtir efeito, servindo de inspiração a muitos compositores que lhe seguiram. Visionário e homem adiantado para a sua época, vulgarmente confundido como bruto e irascível egocêntrico, desconsiderou os críticos dessa sua pequena/grande obra inovadora, que a consideraram ao momento sem graça, incompreensível e perturbadora, produto de um homem que perdera a lucidez. O futuro haveria de fazer-lhe justiça.
Sem a genialidade e a riqueza visionária do “Maestro” alemão, mas conscientes do passado e do presente dos cães, não nos custa acreditar que a cinotecnia sofrerá no futuro profundas alterações, mediante a “Grande Fuga” proporcionada pela adopção do reforço positivo, ponte consistente para a compreensão e uso dos cães vindouros, que pouco a pouco serão libertados do jugo a que se vêem remetidos, vindo a ser mais respeitados e menos explorados, usados pelo que são, para seu e nosso benefício, mediante práticas de bem-estar comuns, que sendo incondicionais, garantirão aos homens o reforço da cumplicidade e devolverão aos cães maior liberdade. Deixarão de haver cães de guerra, polícias ou de guarda, finalmente todos encontrarão a paz. E se houver necessidade de treino, como já agora acontece, serão os donos a ir às escolas, para aprenderem os rituais de comunicação que tornarão possível o diálogo com os seus cães. O futuro, que começa hoje, dirá se temos razão ou não! Quem lhes fará uma “Ode an die Freude” (um Hino à Alegria), agora que Schiller e Beethoven já cá não estão? Não sabemos, mas pensamos que a melodia já anda na boca das crianças, quando correm para abraçar os seus cães! 

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