Muito antes do Agility surgir, já o baloiço era
usado nos cães de utilidade, policiais e militares, como preparação para os
cães de guerra e salvamento, prática que remonta aos alvores do séc. XX, muito
embora os cães circenses o tenham vindo a utilizar mais cedo. Mais de que um
mero obstáculo de competição, o baloiço presta-se a robustecer o carácter dos
cães, pelo que todos devem ser convidados para a sua prática e se possível
desde cachorros, para que vençam os seus medos e possam evoluir confiantes para
os obstáculos a que dá entrada: passadeiras, pranchas, plataformas e pontes
oscilantes, que baloiçam em diferentes direcções e divergem em comprimento,
largura e altura. Como o baloiço visa a procura do ponto de equilíbrio e a
partir dele a saída segura do animal, acaba por subsidiar também o transporte
aéreo, marítimo e fluvial dos cães, dotando-os da serenidade que possibilita a
procura do equilíbrio e a consequente adaptação aos diferentes meios de
transporte.
O baloiço mais comum nos centros caninos portugueses
é de 300X34X54cm, porque é barato (por vezes oferecido), fácil de executar e
possibilita a prática do agility. Contudo, visando a capacitação específica e a
maior autonomia canina, qualquer pista táctica deveria ter vários obstáculos
desta índole. O baloiço como os demais obstáculos, são subsídios de ensino a
não desprezar, porque cada um deles oferece uma ou mais-valias para a
salvaguarda e desempenho dos cães, robustecendo-lhes o carácter pelo peso da
experiência e pelo contributo do desenvolvimento físico que aumenta a sua
capacidade de resolução. Os cães dedicados à prestação de socorro (detecção,
resgate e salvamento), sem o concurso dos obstáculos oscilantes, verão
comprometida a sua actuação e raio de acção, terão que ser carregados e
causarão delongas fatais para quem vier a precisar deles.
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