sexta-feira, 17 de junho de 2011

O PERDÃO DOS HOMENS E DOS CÃES (“ EU PERDOO, MAS NÃO ESQUEÇO!”)

Há muito quem diga que: “quanto mais conhece os homens, mais gosta dos animais”, mas a nossa experiência tem-nos ensinado outra verdade: “quanto mais conhecemos os cães, melhor compreendemos os homens!” Como o contributo canino para a compreensão humana é imenso, remeter-nos-emos somente à temática do perdão. Quando um cão é agredido, dificilmente esquecerá a agressão, por mais veementes que sejam as desculpas e valorosas que sejam as compensações – ele não esquece! Estranhamente, há por aí tanta gente que diz: “eu perdoo, mas não esqueço!”, o que nos remete para a mesma condição animal. Será que há um cão dentro de cada um de nós e um homem em cada cão? Não será a prática do perdão uma das qualidades que nos diferencia dos restantes animais? Dá que pensar! E depois, somente os cães mais fracos acusam o castigo e vivem debaixo dos seus horrores, os mais fortes tendem à desobediência e depressa se esquecem dele, o que é o cabo dos trabalhos. Não será a incapacidade de perdoar uma das maiores fraquezas dos homens? Todos gostaríamos de alcançar a regeneração celular, de atingir a imortalidade, mas seria bom vivê-la debaixo de um permanente espírito de vingança? Antes a morte do que tal sorte!

Sem comentários:

Enviar um comentário