quarta-feira, 1 de junho de 2011

“DEUS TENHA PENA DOS RICOS PORQUE OS POBREZINHOS COM QUALQUER COISA SE CONTENTAM”

Sempre ouvimos esta frase nos momentos de crise ou de maior aperto. Não sabemos quem a disse pela primeira, mas compreendemos sem maior dificuldade qual o seu sentido, algo idêntico ao constante nos aforismos: “Só perde quem tem” e “quem não tem cão, caça com gato”, que dependendo da gravidade das situações nos poderão levar a outro: “ é pior a emenda que o soneto”. Não é de política que iremos falar e também de nada adiantaria, porque raros são os eleitores que lêem os programas dos partidos concorrentes às eleições e os políticos sabem disso. Os pobres e os ricos que aqui abordaremos serão aqueles que acertam ou erram nas opções relativas aos seus cães, muito embora essas decisões possam vir a ser condicionadas ou tornadas dependentes por algum entrave económico. Qualquer modalidade canina deverá contribuir prò bem-estar global dos cães convidados para a sua prática. Não existindo esta condição, por maiores que sejam as ânsias dos seus condutores, os seus sonhos e projectos, as suas carências e o seu desejo de protagonismo, qualquer cão deverá ser dispensado desse trabalho, porque ele será forçado, deveras esforçado e indutor a danos de vária ordem. Na cinotecnia não se deverá albardar o burro à vontade do dono, mas encontrar uma modalidade ou método que facilitem a aprendizagem do cão e diminuía substancialmente o número das respostas artificiais a que se verá obrigado. Assim, cada condutor deverá considerar o particular biológico do seu cão, o seu potencial, as suas capacidades e incapacidades, o tipo de respostas diante do estímulo certo e a sua capacidade de resolução. Aqui a riqueza vem do conhecimento e a pobreza do improviso, dos golpes de sorte que geralmente dão em azar. A polivalência canina não é absoluta e encontra-se dependente de vários factores que variam de indivíduo para indivíduo (genéticos, sanitários, ambientais, treino etc.). Os condutores que procuram conhecimento nunca estão satisfeitos e os tolos sempre encontram razão de contentamento.

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