Sempre ouvimos esta frase nos momentos de crise ou de maior aperto. Não sabemos quem a disse pela primeira, mas compreendemos sem maior dificuldade qual o seu sentido, algo idêntico ao constante nos aforismos: “Só perde quem tem” e “quem não tem cão, caça com gato”, que dependendo da gravidade das situações nos poderão levar a outro: “ é pior a emenda que o soneto”. Não é de política que iremos falar e também de nada adiantaria, porque raros são os eleitores que lêem os programas dos partidos concorrentes às eleições e os políticos sabem disso. Os pobres e os ricos que aqui abordaremos serão aqueles que acertam ou erram nas opções relativas aos seus cães, muito embora essas decisões possam vir a ser condicionadas ou tornadas dependentes por algum entrave económico. Qualquer modalidade canina deverá contribuir prò bem-estar global dos cães convidados para a sua prática. Não existindo esta condição, por maiores que sejam as ânsias dos seus condutores, os seus sonhos e projectos, as suas carências e o seu desejo de protagonismo, qualquer cão deverá ser dispensado desse trabalho, porque ele será forçado, deveras esforçado e indutor a danos de vária ordem. Na cinotecnia não se deverá albardar o burro à vontade do dono, mas encontrar uma modalidade ou método que facilitem a aprendizagem do cão e diminuía substancialmente o número das respostas artificiais a que se verá obrigado. Assim, cada condutor deverá considerar o particular biológico do seu cão, o seu potencial, as suas capacidades e incapacidades, o tipo de respostas diante do estímulo certo e a sua capacidade de resolução. Aqui a riqueza vem do conhecimento e a pobreza do improviso, dos golpes de sorte que geralmente dão em azar. A polivalência canina não é absoluta e encontra-se dependente de vários factores que variam de indivíduo para indivíduo (genéticos, sanitários, ambientais, treino etc.). Os condutores que procuram conhecimento nunca estão satisfeitos e os tolos sempre encontram razão de contentamento.
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