A nossa primeira sessão de
trabalhos deste ano aconteceu à beira-mar, debaixo de um sol radiante (estamos
no Inverno?) e plena de novidades. A primeira coube às duas pequenas Dobermans
negras importadas da Rússia, que iniciaram hoje o seu treino e que tiveram como
padrinhos o Bohr e o Zeus, que acompanharam ao longo dos exercícios e por toda
a parte. As cadelinhas mostraram disponibilidade, curiosidade e aptidão. Na
foto seguinte podemos vê-las a descer uma extensa escadaria que aprenderam a
subir e a descer. Para além da aquisição desta habilidade, as duas cadelinhas aprenderam
a saltar para planos elevados a 30cm do solo.
Para garantir a velocidade
operacional sobre passagens estreitas, convidámos os cães adultos a ultrapassar
muros estreitos mais altos que os seus condutores. Na foto abaixo podemos ver o
desempenho do binómio Paulo/Bohr.
Esta passagem pelos muros
obrigava primeiro à imobilização dos cães debaixo do comando de “quieto” até que
os seus condutores se acercassem deles, conforme mostra a foto seguinte, em que
vemos o Zeus imobilizado e a deslocação da sua condutora pela retaguarda.
Depois optou-se por
ocultar os cães em grutas íngremes pelo tempo julgado conveniente, tirando-se
partido do comando direccional “à frente” e do tri-comando básico, habilidade
que o Doberman adulto não demorou a demonstrar.
Para codificar
satisfatoriamente os comandos direccionais de “à frente” e “atrás”, coisa que
não é automática e carece de recapitulação, tirámos partido da amurada de uma
praia. Na foto seguinte vemos o binómio Paulo/Bohr a fazer o “à frente”.
O “atrás” também foi
executado como é exigido – no cumprimento total da trela, como podemos observar
pelo trabalho desenvolvido pela Svetlana e o Zeus, que confiantes pareciam
deslocar-se em terreno plano e regular, sendo observados na ocasião por um
turista muito atento.
As pequenas Doberman
russas foram introduzidas aos túneis a partir de pequenas moitas e através de
chamamento. Na foto abaixo podemos ver a chegada da “Lupa” perante o olhar
expectante da “Russa” e o encorajamento do Afonso.
E como quem é mais velho
dá o exemplo, também o Zeus e o Bohr foram convidados para o mesmo exercício,
trabalho que venceram sem qualquer dificuldade, a gosto e rapidamente, graças
ao trabalho desenvolvido em diversos ecossistemas.
E como não podia deixar de
ser, acabámos por convidar quatro meninas com 12 anos de idade para os nossos
trabalhos, miúdas bem-dispostas cuja colaboração e simpatia muito agradecemos,
por nos ajudarem no processo de sociabilização canina que não dispensamos e que
nos obrigou a convidar um casalinho muito mais novo.
Com a anuência das
meninas, pedimos-lhes que constituíssem uma vertical humana, convidando depois
o Bohr a ultrapassá-la, certos de que aquele CPA jamais as magoaria. Para além
dos benefícios para os cães, acções destas acabam também por valer às crianças,
particularmente àquelas que nutrem algum medo dos nossos amigos de quatro
patas.
Apostadas em valer-nos, as
meninas ajudaram os cães a ultrapassar um conjunto de semicírculos colocando-se
no seu intervalo, auxílio que veio acompanhado da alegria radiante própria da
sua idade.
Participaram nos trabalhos
os seguintes binómios: Afonso/Lupa; Paulo/Bohr; Svetlana/Zeus e Tomás/Russa. O
fotógrafo do dia foi o Adestrador, a condutora foi a Svetlana e o cozinheiro
destacado foi o da Casa do Visconde de Alcácer, que para além de ter vindo da
estranja, ainda se viu obrigado a caminhar alguns (poucos) quilómetros a pé.
Dito isto, desejamos um resto de fim-de-semana feliz a todos os nossos amigos e
leitores.
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