Assim como os
norte-americanos nutrem um especial fascínio por Paris, os europeus veneram
Nova Iorque, essa grande metrópole do sonho americano que não se confunde com o
interior dos Estados Unidos, por ser multicultural, multirracial, dinâmica,
vanguardista e sempre surpreendente. Lá, segundo uma disposição constante no
Código Sanitário, o comprimento das trelas dos cães não pode exceder 1.83 m.
Pois aqui, como é tradicional e de bom-tom, chovem trelas extensíveis por toda
a parte com comprimentos entre os 3 e os 8 metros, verdadeiras armadilhas para
os incautos e para aqueles que circulam de noite, que não vendo o fino cabo
daqueles acessórios, acabam estatelados no chão sem apelo nem agravo (por vezes
com o cão por cima deles). E se tais trelas extensíveis são um perigo para os
transeuntes, também não deixam de o ser para cães, que aproveitando a
estultícia ou distracção dos donos, acabam enrolados uns nos outros como
mosquitos em teia de aranha ou como formigas-soldado na peleja. Diante deste desrespeito
e afronta, dava jeito que Nova Iorque fosse aqui.
sábado, 31 de dezembro de 2016
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