A procura do super-soldado
e do super-cão sempre fizeram parte do sonho imperialista russo. Vladimir Putin,
agora quase Czar da dita Federação Russa, parece quer devolver à sua terra-mãe
o esplendor de tempos idos, não se intimidando perante ninguém, fazendo uso da
força quando necessário e abandonando convenções quando lhe apraz, perante a
actual indecisão que grassa nos Estados Unidos e duma Europa fraca. Durante o
regime soviético, debaixo dos auspícios da Guerra-fria e para dar corpo ao
super-cão, o Terrier Negro Russo foi criado. Agora chegou a hora dos cães
clonados destinados à detecção de drogas e explosivos, encomendados ao
professor Sul-Coreano Dr. Hwang Woo Suk, um especialista na matéria que também
pretende ressuscitar os Mamutes no seu habitat natural (permafrost). Os cães
agora apresentados, 3 Pastores Belgas Malinois geneticamente melhorados, destinam-se
à polícia e aos serviços secretos (FSB) da Província de Yakutia, considerada a
região habitada mais fria do Mundo.
Se a
procura do super-soldado antecedeu a procura do super-cão, não nos custa
acreditar que o inverso possa também vir a acontecer em terras eslavas, ainda
que à “boca calada” como convém, porque Putin já demonstrou que ser segundo é
ser o primeiro dos últimos, atraso que não o atrai pelos seus sonhos de
hegemonia e grandeza.
Os cães atrás citados
encontram-se em fase experimental, foram oficialmente apresentados numa
exposição do Museu do Mamute em Yakutia e oficialmente entregues à Sociedade
Militar Histórica da Rússia, sendo os primeiros cães de serviço clonados do Mundo,
entre os 500 que os Laboratórios Sooam Biotech de Seul já produziram para outros
fins. Resta dizer que cada cão foi avaliado em 100.000 dólares, conforme fez
saber a imprensa em língua inglesa que deu a notícia em primeira mão. Putinices e
criancices rimam mas engana-se quem pensar que Putin é ingénuo ou inofensivo (os ucranianos e os sírios que o digam).
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