quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

ALEGRIA E FESTA ESTRAGADA

Todos os anos por ocasião do Natal vários cães vão parar ao veterinário em mau-estado e alguns acabam por morrer, vítimas do consumo por descuido ou indução de bebidas e alimentos que os intoxicam gravemente, nomeadamente de álcool e chocolate. As intoxicações caninas por bebidas alcoólicas raramente são espontâneas e apontam para hábitos anteriormente induzidos pelos seus proprietários, que encantados com o desnorte dos animais, fundamentaram essa dependência, quiçá por serem também eles “borrachos”. No Reino Unido, segundo faz saber o “Independent” online, 1 em cada 4 cães já provou álcool.
Os danos do álcool nos cães são idênticos aos produzidos nos humanos, muito embora os seus efeitos sejam mais rápidos e de maior gravidade. No Natal, comemoração messiânica tragicamente transformada na festa maior do consumismo, o consumo de bebidas alcoólicas aumenta drasticamente e a sua ingestão pelos cães encontra-se facilitada pelos restos deixados um pouco por toda a parte. Os cães que por si mesmos as procuram e descobrem são os mais gulosos e curiosos, os desregrados e os sujeitos a dietas impróprias e desequilibradas. Por enquanto temos apenas por tradição embebedar o peru, embebedaríamos os cães se porventura os comêssemos, o que não deverá ser para breve!
É praticamente impossível dissociar o chocolate do Natal, alimento que é extremamente tóxico para os cães e capaz de os vitimar, como infelizmente sempre acontece por ocasião desta Festa Maior do cristianismo ocidental. Cientes deste perigo, alertamos os nossos leitores para os riscos do chocolate, que não deverá ser dado ou deixado à disposição dos seus cães. A ingestão do chocolate por cachorros, cães obesos e idosos tem-se mostrado implacável, apesar da sua perigosidade se estender à generalidade dos cães. Se acidentalmente o seu cão comer chocolate, leve-o de imediato ao veterinário, porque se encontra em sério risco de vida.
Não são só as bebidas alcoólicas e o chocolate que são nocivas para os cães, a restante doçaria da época é-lhes igualmente perigosa, suficiente para enfermá-los e capaz de eliminá-los. Já sabe: neste Natal não reforce o penso do seu cão com as delícias tradicionais, porque doutro modo a festa poderá ficar estragada pela perca do seu fiel amigo, uma vez que provérbio popular “perdoa-se o mal que faz pelo bem que sabe” não deve ser aplicado aos cães.

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