Todos os
que estamos acostumados a conduzir cães à trela, sentimos uma liberdade pouco
experimentada quando o fazemos, a nossa cabeça evade-se, o stress abandona-nos
e a memória transporta-nos a outras paragens, a momentos que não esquecemos, a
sonhos que nunca abandonámos e a um prazer que nos preenche. O tempo passa e
não damos pelas horas, o frio não nos incomoda e a chuva é só para os outros.
Compenetrados, não tugimos nem mugimos, cadenciados na marcha, envoltos em nós
próprios, com os pés no caminho e a mente em excursão. E nessa
viagem para dentro de nós, somos de tudo um pouco, mil e uma personagens que
nunca fomos e que gostaríamos de ter sido. Conduzir um cão equilibra-nos,
retempera-nos e dá-nos esperança, porque fazemos as pazes com o passado e
acreditamos no futuro. Quem será o responsável de tamanha transformação: a
serotonina ou a necessidade de evasão? É possível que seja o cão!
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
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