sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

CÃO DE ÁGUA: PARA AGRADAR A GREGOS E TROIANOS

Para se evitarem possíveis desentendimentos domésticos, convém que a aquisição de um cão seja uma decisão familiar e não uma opção exclusiva de um dos seus membros, a bem da família e do bem-estar do animal. Levar um cão para casa, deverá ser uma decisão bem pensada, porque irá obrigar a algumas alterações e todos deverão ter conhecimento disso, considerando a inevitável coabitação, que nem sempre é fácil e automática. E neste sentido, a raça a escolher é deveras importante, porque deverá preencher as expectativas de todos, não agravar em demasia o seu caderno de encargos e possibilitar a conservação do património doméstico, intacto e asseado. Para quem não quer um cão roedor, inquieto, agressivo, exigente e barulhento, o Cão de Água Português poderá ser a melhor da opções, porque é ajuizado, calmo, bastante sociável e de fácil integração, características que o distinguem da maioria dos cães, quando somadas ao seu carácter afável, propensão silenciosa e extraordinária cumplicidade.
Ao contrário doutros, devido à sua rusticidade, ele exige menos disponibilidade física dos donos, é de fácil contentamento e não se torna incómodo, para além de ser alegre e de não largar pêlo, particular que muito facilita a sua instalação dentro de casa, onde não hostiliza as visitas e se sente particularmente à vontade, comportando-se como um verdadeiro “gentleman”, recebendo todos de bom grado, respeitando o seu espaço e acorrendo às suas solicitações, contribuindo de sobremaneira para o bom ambiente à sua volta. É normalmente adquirido por pessoas de meia-idade, gente que já ultrapassou o tempo dos abusos e que privilegia as amizades, que procura manter a harmonia à sua volta e que não dispensa a paz, mais dada aos afectos do que às inimizades, funcionando o cão como uma extensão do seu status.
Como é amigo do seu dono e apto para lhe fazer as vontades, aprende com muita facilidade e assume, sem maior dificuldade, as incumbências ou tarefas que lhe forem distribuídas, podendo constituir-se num animal de desporto ou de competição, apesar de não ser essa a sua principal vocação. Diante do adestramento clássico, que comporta as disciplinas de obediência, pistagem e guarda, ele irá obter melhor classificação na obediência do que nas outras disciplinas, o que não invalida que venha a ser um bom cão-pastor ou um caçador razoável. Alcança particular notoriedade no transporte de objectos, podendo “trazer à mão” muitos deles. Como cão de salvamento dentro de água, necessita de maior envergadura, o que não o exclui da detecção e da prestação de socorro.
Menos territorial que os comuns lupinos e os molossos, mais saudável que os toys e bassetóides, mais comunicativo que os lebróides, menos ciumento que os caniches, mais ajuizado que os bracóides e menos estridente que os vulpinos, o Cão de Água Português é um companheiro de excepção, um amigo postado ao nosso lado que tudo faz para não incomodar, que assimila o nosso modo de vida como seu, acompanhando-nos por toda a parte sem nos comprometer. Quem o aconselhou como cão de família ao Sr. Barack Hussein Obama II, não o enganou! É estranho que a maioria dos portugueses desconheça o seu Cão de Água e leve para dentro de casa outros cães, mais sensíveis, problemáticos e quezilentos que o nosso companheiro algarvio. Quer viver tranquilo com um cão ao lado? Não hesite, vá buscar um Cão de Água Português! 

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