Talvez a
maior das cobardias seja enganar quem nos é fiel, levar à morte quem nos dá
vida. A imagem acima remonta ao final da II Guerra Mundial e mostra-nos uma
companhia de cães anti-tanque russos, desfilando em parada com os seus
tratadores de bicicleta. Todos sabemos que aqueles animais iriam, caso fossem
utilizados, acabar estraçalhados debaixo de algum tanque alemão, como aconteceu
no Cerco de Estalinegrado. Nessa ocasião, muitos outros foram abatidos pelos
atiradores da Wehrmacht, cuja primeira missão matinal era abatê-los. Em Maio do
próximo ano, celebramos o 69º aniversário do final da II Guerra Mundial, mas os
cães continuam a ser utilizados para o mesmo fim. Agora é a Al-Qaeda que os usa
como cães suicidas, colocando dentro deles explosivos ou fazendo-os
transportar, como aconteceu há relativamente pouco tempo nalguns aeroportos
internacionais e no Iraque. Vale a pena questionar: quando acabará o terrorismo
contra os cães? Jean-Paul Sartre disse uma vez que: “quando os ricos fazem a
guerra, são sempre os pobres que morrem”, o que nem sempre é absoluto, porque
os andrajosos continuam a usar e a matar cães, seres ainda mais miseráveis nas
suas mãos, quando usados na guerra! Os cães não se agradam de memoriais,
evocações ou perdões oficiais, somente esperam viver a sua vida em paz.
Faltará muito para esse dia chegar? Uma coisa é
certa: nisto todos temos uma palavra a dizer, enquanto cidadãos, criadores,
proprietários e adestradores de cães!
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