terça-feira, 6 de abril de 2010

Formação escolar em áreas de risco

O risco aqui considerado é o relativo aos binómios e seus pertences, quando evoluem em áreas perigosas e sem policiamento imediato, condições próprias dos bairros degradados, que sendo antros de marginais e meliantes de toda a espécie, cultura, raça ou procedência, obrigam ao redobrar da segurança e a medidas excepcionais. Cite-se o caso de Lisboa, pródiga em bastardos deste tipo e profundamente empestada por eles, onde o perigo espreita em cada viela e a qualquer hora do dia. Infelizmente já são poucos os bairros seguros, os gangs multiplicam-se e os pequenos criminosos reproduzem-se como erva daninha. Será que a “Cosa Nostra” também aqui abriu escritório? A máfia russa já cá tem lugar cativo e outras há que ainda não foram inventariadas.

A sociabilização canina obriga-nos a ir ao encontro das gentes, mesmo daqueles que não recomendamos aos amigos e que tal como nós gozam de idênticos direitos de cidadania. Quando nos encontramos em áreas de risco, somos obrigados a alterar o escalonamento escolar e as colunas dele advindas, afim de garantir a segurança dos binómios e manter a unidade da classe excursionista. Assim, tanto o cão fila-guia como o último da formação devem ser cães aprovados na defesa pessoal, os binómios constituídos por crianças passam para o meio da coluna e não há lugar à divisão por esquadras, para que o socorro seja atempado e o grupo mantenha a coesão. O responsável pela instrução deve evoluir no passeio paralelo, para que veja toda a classe e mais depressa a avise. As jovens apelativas e os deficientes, por mais bravos que sejam os seus cães, não devem ocupar o lugar derradeiro, porque as primeiras tornam-se vulneráveis e os últimos tendem a atrasar-se.

Nas vielas escuras e em cotovelo, o instrutor, depois de avisar o fila-guia das suas intenções, adianta-se à coluna e constituiu-se em batedor. Na travessia das ruas, momento crítico para a unidade da coluna, cabe também ao instrutor garantir a passagem de toda a classe, colocando-se contra o trânsito automóvel e obrigando os binómios a passar por detrás dele. Nas visitas a feiras e mercados, na ausência de outra alternativa, depois de estabelecidos o local e hora de encontro, os binómios sairão em grupos de dois e nunca constituídos somente por cachorros. Cada par de condutores deve ter pelo menos um telemóvel ligado e o seu número ser do conhecimento do coordenador ou instrutor. Praticamos outras medidas de segurança de acordo com o particular de cada caso.

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