quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Célia, os mouros e os camelos

Apesar do turbante, não se trata de nenhuma muçulmana à beira da nossa costa, a senhora apanhada é a Célia, mãe do Rodrigo e condutora do CPA Igor, num momento retemperador de energias, muito embora já passasse um episódio curioso com mouros, inerente à sua condição feminina e particular genético, coisa habitual entre certas mulheres portuguesas que optam por visitar o Reino de Marrocos, geralmente assediadas por pretensos consortes exaltados e de ocasião, de difícil descarte, proprietários de camelos e que os usam como moeda de troca. Que descansem as morenas de cabelo escuro e encaracolado (as mais idosas também), porque não serão incomodadas naquelas paragens e poderão transitar ali como na sua própria casa, confundindo-se com as naturais e diferindo apenas na indumentária. Tal não foi o caso da Célia, denunciada pela sua tez alva e adornada por sardas, pelo porte e demais traços fisionómicos, que chamaram à atenção e aumentaram a cobiça de alguns enamorados mouros. E como a mercadoria era do seu agrado, teimosamente instaram, regatearam e não foi nada fácil demovê-los dos seus intentos – um cabo dos trabalhos! Se você é jovem e alta, de pele branca e cabelo louro e ainda por cima tem olhos claros, não circule sozinha por Marrocos, para não transformar a sua visita num autêntico inferno, a menos que se queira despedir da família e a obrigue ao transporte forçado de uma manada de camelos pelo Estreito de Gibraltar adentro! Cuidado com os pinga-amor de turbante.

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