Há quem diga que a criação e a educação de cachorros contribuem para um melhor exercício da maternidade e da paternidade, funcionando como ensaio para as futuras tarefas de cada um. Também já ouvimos dizer que a ausência da paternidade torna o homem incompleto e mais circunspecto ao seu umbigo. Opiniões à parte, um facto não se pode ignorar: os pais são melhores condutores de que aqueles que nunca tiveram essa experiência. Por outro lado, ainda que isso possa ser causa de melindre, as senhoras são geralmente melhores adestradoras do que os homens, contribuindo para a formação de cães seguros e para o exercício cabal das suas funções. Estamos em crer que tal se deve à necessidade de protecção dos cachorros e à operação do instinto maternal.
A paternidade que aqui consideramos é a que vai para além do simples acto biológico, a operada a tempo inteiro e que dispensa as dolorosas decisões do Tribunal de Família, a que obriga a redobrados cuidados, à alteração das rotinas e ao acompanhamento a par e passo, a que se faz presente no meio das dificuldades e que obriga à tomada de decisões acertadas, considerando o bem-estar da sua prole e o particular sentimental dessa relação. Quem se acostumou a carregar sacos, a empurrar o carrinho, a trocar fraldas, a dar o biberão, a levantar-se no meio da noite e embalar, sem maiores contratempos, conseguirá cuidar e educar um cachorro, porque as rotinas já foram aceites e o trabalho será mais fácil. Tanto as crianças como os cães necessitam e reclamam de acompanhamento objectivo, dos cuidados inerentes ao seu desenvolvimento e posterior capacitação. Ambos são ciumentos, carecem de atenção e denunciarão o cuidado de que foram alvo, física e psicologicamente. Endereçando de imediato as nossas desculpas a quem se sentir lesado, apraz-nos dizer que um mau pai dificilmente será um bom condutor, a menos que reze o seu acto de contrição sobre as orelhas do animal. Isso é frequente e muitos acabam por lamentar o seu anterior despreparo maternal ou paternal, porque nem sempre se chega a tempo e somos surpreendidos com o produto do nosso desempenho.
Voltemo-nos para os cães. O nosso “Quadro de Crescimento Funcional”, outra coisa não é que um manual de puericultura, porque ensina a criar e a desenvolver física e psicologicamente os cachorros ao nosso encargo, adiantando modos e metas para o salutar desenvolvimento dos animais e possibilitando a desejada constituição binomial. Como sempre, entregaremos de bom modo uma cópia sua a quem o solicitar, porque apostamos no bem-estar animal e procuramos a divisão de tarefas entre homens e cães. Juntamente com os bons auspícios dos veterinários assistentes, amigos a não desprezar e que estudaram para isso, as distintas tabelas de crescimentos das raças são requisitos pediátricos que não podemos desprezar, porque indiciam ou não dificuldades que atempadamente podem ser resolvidas, algo para além do estado clínico e intrinsecamente ligado à futura prestação dos cães, atendendo aos requisitos para a função e não desprezando o seu particular psicofisiológico.
Trabalhar cachorros para além dos limites impostos pelo “Quadro de Crescimento Funcional”, porque deixa marcas e pode causar incapacidades, inaptidões, traumas ou lesões, é criminoso e de todo deve ser abandonado, ainda que os animais mostrem propensão para isso, a menos que os cachorros sejam super dotados e por causa disso devidamente acompanhados. O abuso é geralmente perpetrado pelos condutores mais jovens e inexperientes, por aqueles que desconsideram a relação causa-efeito e por outros que se inebriam pelo sonho e ultrapassam a realidade do animal que os acompanha. A ocorrência do abuso aponta para a necessidade da regra, considerando a salvaguarda dos que nos seguem via trela. Abusar da ginástica leva ao estoiro e ao desinteresse, abusar da obediência pode rebentar com os mecanismos de auto-defesa, transformar os cães em múmias e alterar os seus sentimentos gregário e territorial. Mais alto que o agrado dos donos deve levantar-se o agrado dos cães, porque os cachorros necessitam de se sentir agradados e usualmente retribuem do mesmo modo. Eles necessitam de mais tempo para o descanso e para a recuperação, a sua concentração não é espontânea e aumenta com o passar do tempo.
Sempre que se vai depressa demais não há adaptação, a rotura acontece e as dificuldades aumentam. Em abono da salutar pedagogia e do equilíbrio canino, o comando inibitório “Não”, que é um comando excepcional, jamais deverá ser usado ou instalado antes da maturidade sexual de um cachorro, devendo ser substituído pela paciência dos condutores e pela recapitulação aprazível dos exercícios. Feliz é o cão que nunca ouviu um “não”, que sempre viu recompensado o seu esforço e que evoluiu pela gratidão. Os momentos de supercompensação devem exceder em muito os de trabalho objectivo, funcionando como catalizadores e estímulo para as acções requeridas. É curioso reparar e nisto o adestrador carece de paciência divinal, que os condutores abominam os tempos de recuperação e reclamam por mais actividade. Que Deus lhes perdoe! Ainda que muitos se espantem, até porque ignorância e espanto teimam em andar de braço dado, a relação condutor-cão obriga um à paternidade e o outro à filiação, no particular exigível que estabelece a relação interespécies. Depois dos 4 meses de idade, o cachorro seguirá quem: os seus irmãos ou os seus pais?
No mundo da cinotecnia a maior virtude resulta da paciência que garante o experimento e ele só acontece pela adaptação daquele que nos é oferecido ou confiado. O aproveitamento da genética canina não pode remeter-se a um corriqueiro improviso, mas considerar o particular dos indivíduos e potenciar ou equilibrar os seus impulsos mais úteis, primeiro para a sobrevivência dos cães e só depois para o seu uso. Num binómio coabitam duas percepções diferentes, ambas se completam e necessitam uma da outra. Antes que seja tarde, porque agora já está avisado, mude a sua atitude e seja paciente, porque o seu cachorro depende de si, não tem outro mestre e só chegará até onde você chegar. Nunca vimos donos mal empregues mas estamos fartos de ver cães mal-empregados.
A paternidade que aqui consideramos é a que vai para além do simples acto biológico, a operada a tempo inteiro e que dispensa as dolorosas decisões do Tribunal de Família, a que obriga a redobrados cuidados, à alteração das rotinas e ao acompanhamento a par e passo, a que se faz presente no meio das dificuldades e que obriga à tomada de decisões acertadas, considerando o bem-estar da sua prole e o particular sentimental dessa relação. Quem se acostumou a carregar sacos, a empurrar o carrinho, a trocar fraldas, a dar o biberão, a levantar-se no meio da noite e embalar, sem maiores contratempos, conseguirá cuidar e educar um cachorro, porque as rotinas já foram aceites e o trabalho será mais fácil. Tanto as crianças como os cães necessitam e reclamam de acompanhamento objectivo, dos cuidados inerentes ao seu desenvolvimento e posterior capacitação. Ambos são ciumentos, carecem de atenção e denunciarão o cuidado de que foram alvo, física e psicologicamente. Endereçando de imediato as nossas desculpas a quem se sentir lesado, apraz-nos dizer que um mau pai dificilmente será um bom condutor, a menos que reze o seu acto de contrição sobre as orelhas do animal. Isso é frequente e muitos acabam por lamentar o seu anterior despreparo maternal ou paternal, porque nem sempre se chega a tempo e somos surpreendidos com o produto do nosso desempenho.
Voltemo-nos para os cães. O nosso “Quadro de Crescimento Funcional”, outra coisa não é que um manual de puericultura, porque ensina a criar e a desenvolver física e psicologicamente os cachorros ao nosso encargo, adiantando modos e metas para o salutar desenvolvimento dos animais e possibilitando a desejada constituição binomial. Como sempre, entregaremos de bom modo uma cópia sua a quem o solicitar, porque apostamos no bem-estar animal e procuramos a divisão de tarefas entre homens e cães. Juntamente com os bons auspícios dos veterinários assistentes, amigos a não desprezar e que estudaram para isso, as distintas tabelas de crescimentos das raças são requisitos pediátricos que não podemos desprezar, porque indiciam ou não dificuldades que atempadamente podem ser resolvidas, algo para além do estado clínico e intrinsecamente ligado à futura prestação dos cães, atendendo aos requisitos para a função e não desprezando o seu particular psicofisiológico.
Trabalhar cachorros para além dos limites impostos pelo “Quadro de Crescimento Funcional”, porque deixa marcas e pode causar incapacidades, inaptidões, traumas ou lesões, é criminoso e de todo deve ser abandonado, ainda que os animais mostrem propensão para isso, a menos que os cachorros sejam super dotados e por causa disso devidamente acompanhados. O abuso é geralmente perpetrado pelos condutores mais jovens e inexperientes, por aqueles que desconsideram a relação causa-efeito e por outros que se inebriam pelo sonho e ultrapassam a realidade do animal que os acompanha. A ocorrência do abuso aponta para a necessidade da regra, considerando a salvaguarda dos que nos seguem via trela. Abusar da ginástica leva ao estoiro e ao desinteresse, abusar da obediência pode rebentar com os mecanismos de auto-defesa, transformar os cães em múmias e alterar os seus sentimentos gregário e territorial. Mais alto que o agrado dos donos deve levantar-se o agrado dos cães, porque os cachorros necessitam de se sentir agradados e usualmente retribuem do mesmo modo. Eles necessitam de mais tempo para o descanso e para a recuperação, a sua concentração não é espontânea e aumenta com o passar do tempo.
Sempre que se vai depressa demais não há adaptação, a rotura acontece e as dificuldades aumentam. Em abono da salutar pedagogia e do equilíbrio canino, o comando inibitório “Não”, que é um comando excepcional, jamais deverá ser usado ou instalado antes da maturidade sexual de um cachorro, devendo ser substituído pela paciência dos condutores e pela recapitulação aprazível dos exercícios. Feliz é o cão que nunca ouviu um “não”, que sempre viu recompensado o seu esforço e que evoluiu pela gratidão. Os momentos de supercompensação devem exceder em muito os de trabalho objectivo, funcionando como catalizadores e estímulo para as acções requeridas. É curioso reparar e nisto o adestrador carece de paciência divinal, que os condutores abominam os tempos de recuperação e reclamam por mais actividade. Que Deus lhes perdoe! Ainda que muitos se espantem, até porque ignorância e espanto teimam em andar de braço dado, a relação condutor-cão obriga um à paternidade e o outro à filiação, no particular exigível que estabelece a relação interespécies. Depois dos 4 meses de idade, o cachorro seguirá quem: os seus irmãos ou os seus pais?
No mundo da cinotecnia a maior virtude resulta da paciência que garante o experimento e ele só acontece pela adaptação daquele que nos é oferecido ou confiado. O aproveitamento da genética canina não pode remeter-se a um corriqueiro improviso, mas considerar o particular dos indivíduos e potenciar ou equilibrar os seus impulsos mais úteis, primeiro para a sobrevivência dos cães e só depois para o seu uso. Num binómio coabitam duas percepções diferentes, ambas se completam e necessitam uma da outra. Antes que seja tarde, porque agora já está avisado, mude a sua atitude e seja paciente, porque o seu cachorro depende de si, não tem outro mestre e só chegará até onde você chegar. Nunca vimos donos mal empregues mas estamos fartos de ver cães mal-empregados.
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