Um fim-de-semana para os duros, assim se pode descrever o trabalho que desenvolvemos Sábado e Domingo. Começámos no Parque Eduardo VII, paredes-meias com o Estabelecimento Prisional de Lisboa, onde evoluímos em esquadras, repetimos a evolução cobra, tirámos partido de obstáculos humanos, desenvolvemos algumas Manobras de Sociabilização, recapitulámos todos os automatismos direccionais e ainda abraçámos alguns de imobilização. No meio da azáfama fomos surpreendidos por um jovem lunático, há quem jure que estava pedrado. O rapazola, depois da veemência das ameaças que proferia, intentava soltar o leão da estátua do Marquês de Pombal no intuito de devorar todos os nossos cães. O tempo concorreu a nosso favor e acabámos por ir almoçar ao campo do Palmense, um clube de bairro traseiro à Rua das Laranjeiras, onde o repasto é para “enfarta brutos” e a colectividade é tipicamente suburbana e bairrista.
Depois do almoço fomos para Monsanto, para as imediações do Parque do Alvito, onde começámos a ensinar o “deita” aos cachorros e a treinar as imobilizações junto à estrada, de modo progressivo e sem colocar em risco a integridade dos animais. Servimo-nos de obstáculos artificiais e procedemos à instalação e recapitulação do comando de “up”. O Francisco com a Luna juntou-se ao grupo e todos rumámos, mais uma vez, ao Jardim de Belém, tendo pelas costas a Fábrica dos Pastéis.
Em Belém apostámos na sociabilização com outros cães e entre humanos (adultos, idosos, crianças, minorias raciais, vendedores e polícias). Tudo correu conforme o previsto e fomos rodeados por uma grande multidão que instava connosco para posar para o “boneco”. Os cães ficaram imobilizados à distância e sujeitos ao boliço da criançada que se circulava de carrinho, bicicleta e patins, abanando ruidosos balões e tentando tirar os cães do sério. Ainda pedimos aos cães adultos que ultrapassassem obstáculos decorativos e demos várias voltas pelo perímetro do Jardim, em frente por 1 e por entre as gentes. Trabalhámos 7 horas neste Sábado e alguns maduros solicitaram a ajuda das pomadas.
Domingo iniciámos os trabalhos na Foz do Lisandro, onde continuámos o trabalho do dia anterior e desenvolvemos novas tarefas. Procurámos melhorar a expressão corporal dos condutores e encetámos alguns percursos de galope pela perseguição. Coube à Vega a tarefa e todos correram na sua frente, acabando em “queda máscara” e com muita alegria. A Becky e o Buster aproveitaram os momentos de supercompensação para escavar covas onde depois se vieram a deitar. Almoçámos no João da Vila Velha e rumámos para a Lagoa Azul, onde pouco trabalhámos e a chuva persistiu.
Apesar das faltas, este fim-de-semana bateu o recorde de presenças: 23 binómios. Os participantes honraram os seus compromissos e os cães evoluíram conforme o esperado. Ainda houve tempo para a ginástica dos condutores e o Rodrigo mostrou-se altaneiro sobre os colegas, apesar de vermelhão e por vezes rebocado. A Princesa retornou aos trabalhos e deslumbrou. Há gente assim, que mesmo sem crer, nasceu para a capa das revistas.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Alexandra/Abu, Américo/Becky, Ana/Loki, António Cunha/Zorro, Bruno/Pepe, Carla Abreu/Nina, Clara/Shara, Eduardo/Micks, Elisabete/lua, Francisco/Luna, Gonçalo/Cuca, Joana/Flikke, João Moura/Bonnie, Jorge/Audaz, Luís Leal/Teka I, Manel/Mini, Princesa/Ricky, Roberto/Turco, Rodrigo/Tarkan, Rui Ribeiro/Babel, Teresa/Buster, Vítor/Hugo/Yoshi, Zé Gabriel/Master e a Marta foi a fotógrafa.
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