segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

YOU’LL NEVER WALK ALONE

Apesar do título acima ser tema duma canção de claque no futebol britânico, ele também espelha o nosso cuidado com os cães e desnuda os nossos propósitos nas áreas da canicultura e da cinotecnia, porque fazemos da sobrevivência canina o nosso primeiro objectivo, formando para isso condutores e criadores debaixo de árduos critérios selectivos, porque os cães necessitam de quem os ensine e jamais sobreviverão sozinhos. Os nossos condutores são formados a partir do sentimento que os leva à procura destes animais, mediante subsídios que possibilitam a mensagem clara e oferecem a comunicação interespécies. Obrigam-se, entre tantos outros deveres, à aquisição de uma postura e mímica próprias para o salutar exercício da liderança, ratificado pela resposta animal e dirigido à coabitação. Optámos pelo termo “condutor” em prejuízo do já existente “tratador”, porque cada homem é em simultâneo proprietário e tratador, abrigando debaixo do mesmo tecto o seu cão, enquanto parceiro omnipresente com direitos e obrigações. Os condutores da Acendura ou dela advindos são reconhecidos por um conjunto de procedimentos dos quais adiantamos alguns:


1. Exemplar instalação doméstica canina (o cão é um membro da família adoptiva).
2. Aplicação de regras domésticas que garantam a perfeita coabitação.
3. Operação do desenvolvimento cognitivo animal pela cumplicidade que leva à interacção.
4. Distribuição de penso adequado à idade e ao desempenho do cão.
5. Robustecimento do carácter canino pela presença, incentivo e exemplo do dono.
6. Limpeza diária do animal e tratamentos preventivos (medição da temperatura inclusive).
7. Constituição Binomial.
8. Inscrição escolar canina partir da idade da cópia (4 meses), segundo o Método da Precocidade.
9. Recapitulação doméstica dos conteúdos de ensino ministrados em classe.
10. Prática diária da excursão canina à trela, na distância de uma légua ou no período de uma hora.
11. Sociabilização canina entre iguais e interespécies.
12. Desempenho binomial em diferentes horários, situações e ecossistemas.
13. Aumento da resolução canina face aos desafios que lhe são colocados no quotidiano.
14. Instalação e reavivamento dos automatismos de sobrevivência.
15. Uso de 3 linguagens na transmissão das ordens.
16. Batida prévia dos territórios destinados à evasão canina.
17. Gozo de férias conjuntas.
18. Escrupuloso cumprimento do calendário de vacinação e check-up anual canino.
19. Doseamento do esforço animal de acordo com as suas características e estágio etário.
20. Respeito pelas regras em uso na sociedade, nomeadamente pelos direitos individuais.

  • Os procedimentos enunciados podem servir de teste aos condutores que desejem aquilatar e quantificar a sua prestação binomial. As contas são fáceis de fazer!
Esta breve resenha de procedimentos só é possível pela excelência de serviço dos condutores, apostados no bem-estar dos seus cães e ávidos de novos conhecimentos ou subsídios, movidos pelo amor consequente que busca a perfeita parceria, graças à humildade que os leva a querer compreender e à responsabilidade das suas opções, porque adestrar é um acto inteligente e dependente da liderança, um conjunto de exercícios que visa a capacitação ambivalente de homens e cães. Continuamos a defender que o cão não nasceu para estar só e daqui não arredamos pé. Como começámos em inglês e porque sempre defenderemos o mesmo, apraz-nos dizer: “ never surrender!”

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