terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A AUSÊNCIA DO DONO

Ao longo destes anos temos ajudado na recuperação de cães perdidos ou desaparecidos, geralmente os sujeitos à ausência ocasional dos donos quando confinados no seu próprio território ou alojados num alheio. E nisto temos sido bem sucedidos, ainda que nem sempre o nosso trabalho seja recompensado e todos possam voltar sãos e ilesos a casa. Como não temos uma empresa própria para o efeito, que indubitavelmente seria muito rentável, o nosso trabalho é emergente e acontece por apego aos cães, não busca a recompensa e causa-nos algum transtorno, por causa da troca de alvos e da transição da procura para o ofício cinegético.






Agora que os Huskies são cada vez menos (a fuga era-lhes instintiva e o retorno quase impossível), os cães fugitivos são-no por razões sociais, quando se vêem privados dos donos e intentam procurá-los, quando sentem e procuram companheira, quando se fartam do excessivo enclausuramento ou quando a ocasião se torna mais propícia. Afortunadamente são raros os cães que fogem aos maus-tratos, porque as campanhas de sensibilização têm surtido o efeito esperado junto da opinião pública. Todavia, ainda há cães que desaparecem de casa e se põem em fuga, geralmente nos períodos de férias ou de ausência prolongada dos seus donos. Queremos deixar aqui alguns conselhos para os proprietários de cães, medidas preventivas e capazes de evitar a fuga dos seus companheiros, porque nem sempre as coisas correm bem e há quem se lamente disso. Passamos a enumerá-las:

Se possível mantenha o cão no seu próprio território, respeitando as rotinas e os procedimentos de sempre.
A sua custódia deve ser entregue a uma pessoa do conhecimento do animal e responsável.
Desnude para a pessoa indigitada o carácter e tendências do seu cão.
Deixe um caderno de instruções a utilizar, porque o improviso induz ao esquecimento.
Desaconselhe os passeios em liberdade nas zonas não confinadas.
Insista no cuidado com as portas e portões.
Só saia depois de se certificar da inviabilidade de qualquer fuga.
Ao sair, deixe o seu número de contacto.
Na sua ausência contacte amiudadas vezes a pessoa encarregue, reavivando-lhe os conselhos e adiantando-lhe soluções.
Certifique-se do ânimo e de apetite do cão. Caso haja alteração, adiante subsídios para a minorar.
Solicite a fiscalização do encargo a um familiar ou amigo.

Pensando no menos provável, deve agendar e transmitir os seguintes telefones:

O contacto do veterinário assistente.
Os contactos dos outros veterinários da zona.
O número de telefone do Canil Municipal da área.
O número do Posto da GNR/PSP mais próximo.
O número da Junta de Freguesia/Câmara Municipal.
O contacto da Rádio Local.
O número de telefone dum Centro que se dedique à procura de cães.

Estas medidas podem salvar a vida ao seu cão, o seu cumprimento pode inviabilizar a fuga do animal, mas jamais levará de vencida a falta que sente por si. Por princípio, evite ausentar-se e leve-o de férias consigo. Não tendo essa hipótese e não garantindo as condições acima descritas, apesar de o cão estar melhor no seu território, tendo em vista a segurança, opte por um hotel de cães, porque sempre é melhor prevenir do que remediar.

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