segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

GÉNESIS NO FEMININO


Há quem pense, diga-se erroneamente, que a Acendura é uma associação de homens de “barba rija”. Logo desde o seu início as mulheres sempre se fizeram presentes, realçando a nossa técnica, derramando o seu suor e contribuído para a nossa exaltação. Muitas delas alcançaram destaque e o seu número é imenso. Deixamos aqui alguns nomes: Helena Andrade, Mónica Madeira, Guadalupe, Maria Duarte, Beatriz Silva, Margarida Jales, Pilar Calleja, Isabel Silva, Cristina Neves, Teresa Martins, Eugénia Barbosa, e Madalena Fialho. A lista é interminável e a nossa gratidão imensa. Algumas delas contribuíram noutras áreas para além do treino e injustamente são esquecidas, arredadas da memória colectiva, apesar da sua importância, disponibilidade e notoriedade de serviço. Tal é o caso de uma Senhora, a Dª Maria Margarida Costa Cássio, já falecida, que no ano de 1992 construiu a nossa primeira Pista Táctica na Quinta do Brejo, em Avessada. Os nossos primeiros cães tiveram o seu afixo: Villa de Sant’Agata. Foi ela quem criou os ascendentes dos nossos actuais cães, a Acendura começou com os seus Cocker’s e com uma Rafeira Alentejana de nome “Boleta”, a mesma que está com ela na fotografia acima. A Margarida tinha uma paixão enorme pelos cães, tratava os cachorros por “Mimins” e foi portadora de um altruísmo notável. Depois de algum padecer, a morte chamou-a precocemente. Relembramo-la hoje aqui, não porque fosse pessoa de homenagens ou gostasse de galanteios, mas porque tornou possível aquilo que hoje somos e o seu nome está por detrás de cada cão, ainda que os seus donos o não saibam. Passámos na Avessada e o vazio invadiu-nos, voltámos para a Escola e sentimos a sua presença. Obrigado Margarida.

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