terça-feira, 31 de janeiro de 2023

HÁ BÊBADOS NAS DUAS MARGENS DO RENO

 

Na cidade francesa de Estrasburgo, Straßburg em alemão, na margem esquerda do Rio Reno e espelhada pela cidade alemã de Kehl, ontem, segunda feira, dia 30 de janeiro, no bairro de Neuhof, um homem bêbado atirou pela janela de um 5º andar o seu cão, um Buldogue Francês, deixando o animal seriamente ferido e com prognóstico reservado. Fortemente alcoólatra, o homem acabaria por ser levado sob custódia pela polícia, acabando o desafortunado Buldogue por ser entregue aos cuidados de um abrigo local com múltiplas fracturas. Face às muitas lesões internas e fracturas resultantes do acto de crueldade a que seu dono o sujeitou, o animal de 2 anos de idade acabou por ser sacrificado na noite do mesmo dia.

Estrasburgo, que tantas vezes mudou de mãos entre franceses e alemães, surge agora nas notícias pelas piores razões, graças à crueldade de um bêbado e à inocente morte de um Buldogue Francês. Quem já andou pelas margens do Reno, não teve dificuldades em encontrar “borrachos” em cada uma delas e Estrasburgo parece não escapar à regra. E como nestas coisas de nacionalismos são franceses e alemães fartos e inimigos figadais, é possível que o dono do finado animal seja de etnia alemã e que “debaixo dos copos” se tenha desagradado do termo “Francês” presente na raça do pobre cão. Este lamentável episódio levanta uma questão premente: Poder-se-á confiar um cão a um alcoólatra? Eu entendo que não, considerando o bem-estar e a saúde dos animais, porque há ébrios que para além de fome e pancada, ainda viciam os seus cães no álcool, exactamente como procedem alguns toxicodependentes com os seus companheiros de 4 patas. Que responsabilidade podemos exigir a um “agarrado” em álcool ou drogas? Eu não confiaria o meu cão a nenhum deles! É por demais evidente que os cães podem auxiliar na recuperação destes indivíduos, mas não lhe devem ser entregues antes da sua total recuperação, o que infelizmente nem sempre acontece. Defenestrar cães não é um produto exclusivo de Estrasburgo ou de uma região em particular, mas acontece com maior frequência entre ébrios e toxicodependentes.

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