Segundo
o GUINESS WORLD RECORDS,
desde o passado dia 19 de janeiro, o Chihuahua SPIKE, agora
com 23 anos de idade e residente no estado norte americano do Ohio, é
oficialmente o cão mais velho do mundo, apesar de surdo e quase cego, vivendo
junto da família da dona e de outros animais da sua quinta. Este Chihuahua veio
substituir no título a cadela Fox Terrier PEBBLES,
falecida em Outubro do ano transacto com a bonita idade de 22 anos. O agora
titulado Spike foi encontrado abandonado no parque de estacionamento de um
shopping, onde deambulava já há três dias, apresentando-se com o dorso rapado e
com manchas de sangue no pescoço, provavelmente causadas por uma corrente ou
corda, sendo recolhido por Rita Kimball sua actual dona. Apesar do seu pequeno
porte e reduzida envergadura – 22 cm de altura e 5,8 kg de peso – a sua
proprietária diz que ele tem “a atitude de um cão grande” e que agora tem
momentos de irritabilidade, preferindo ficar sozinho. Para a sua dona, os
segredos da sua longevidade são muito simples, acorda por volta das 7 da manhã,
toma o seu pequeno almoço e sai para passear com a dona. Ao chegar a casa,
entrega-se a uma das suas actividades favoritas – a sesta. O resto do tempo
passa-o a acompanhar a dona na quinta ou a brincar com gatos, vacas e cavalos.
Falando da sua experiência, Rita Kimball aconselha os donos de animais de
estimação a dar-lhes uma alimentação
equilibrada, espaço, exercício diário, muito amor e atenção.
As condições acima indicadas pela norte-americana são por norma respeitadas por mim e pelos meus alunos, que não olham a despesas para comprar a ração mais indicada, tampouco ao tempo e ao trabalho despendidos na confecção dos alimentos; que caminham diariamente com seus cães vários quilómetros em percursos variados, tentando desta maneira dar-lhes espaço e alimentar a sua curiosidade; que os treinam regularmente visando a sua interacção e que lhes dedicam a melhor das suas atenções. O cão mais longevo que tive e não o comuniquei ao Guiness, foi um Bearded Collie de nome “Farouk”, que teve que ser sacrificado aos 23 anos de idade por falência do seu aparelho digestivo. Os Pastores Alemães da Acendura Brava, quando criados debaixo da minha supervisão e treinados de acordo com o meu parecer, vivem em média 15 anos, contra os 10 anos da média baixa indicados para a raça e contra os 12 preconizados para a sua média alta. Tal se deve essencialmente, no meu entender, ao excelente acompanhamento operado durante o 1º ano de vida dos animais e ao que Kimball indicou e que eu atrás sublinhei. Por outro lado, a saúde destes cães fica também a dever-se ao excelente acompanhamento médico-veterinário, uma vez que aconselho para todos os cães um check-up anual, que pode ser semestral para os animais em competição ou sujeitos a grandes esforços. Por tudo isto, conforme tem vindo a suceder, não é de estranhar que alguns dos nossos cães cheguem a atingir os 16 anos e meio de idade, animais que libertámos e libertamos da consanguinidade, da endogamia e dos exageros estéticos que tanto têm vindo a fragilizar esta excelente raça – a longevidade dos cães está nas mãos dos donos!
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